32 menores marroquinos entraram em Ceuta a nado em dois dias
- 14/10/2025
Os mais pequenos, incluindo três raparigas, aproveitaram as más condições do mar e a falta de segurança do lado marroquino da fronteira.
A Guarda Civil participou no resgate de vários destes menores, que tiveram grande dificuldade em chegar às praias.
Na semana passada, a cidade acolheu 564 menores, o que representa uma sobrelotação de 584%. Este ano, pelo menos 638 menores entraram ilegalmente na cidade, em comparação com os 794 registados entre janeiro e setembro de 2024.
Setenta e cinco por cento destes menores estão alojados em abrigos ou locais de emergência devido ao desabamento do abrigo de La Esperanza.
Entre as pessoas que entraram em Ceuta, a agência EFE destaca o caso de uma mãe de 36 anos, com o filho de 12 anos, que chegou no domingo.
A mãe, equipada com barbatanas, empurrou o filho até à praia do Tarajal, onde a Guarda Civil os acompanhou. Estavam de boa saúde, embora um pouco cansados devido à travessia clandestina.
Tanto a mãe como o filho, auxiliado por uma prancha de surf, foram transferidos para o Centro de Permanência Temporária de Imigrantes (CETI).
A mãe afirmou ter visto o filho saltar para a água vindo da costa marroquina de Castillejos, a mais próxima de Ceuta, e que também saltou para o mar para o ajudar a atravessar e evitar que algo de mau lhe acontecesse.
Este é o segundo caso semelhante registado na cidade nas últimas semanas. A 27 de setembro, um pai e o filho de 15 anos atravessaram também a nado a região de Tarajal.
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