Afinal, 'musa do crime' do Comando Vermelho não morreu na megaoperação

  • 05/11/2025

A ‘musa do crime’ do Comando Vermelho (CV), Penélope, também conhecida como ‘Japinha CV’, afinal não morreu durante a megaoperação policial no Rio de Janeiro, Brasil, no passado dia 28 de outubro.

 

A informação foi transmitida, esta terça-feira, pela Polícia Civil, numa nota enviada à imprensa brasileira, onde afirmam que não foi encontrada nenhuma mulher entre os corpos das mais de cem pessoas mortas durante a operação.

A notícia de que Penélope teria morrido surgiu nas redes sociais, com imagens de um corpo com a cara desfigurada e vestido com roupa camuflada e um colete à prova de balas, a ser partilhado como sendo o de 'Japinha'. Na altura, fontes policiais chegaram a afirmar que Penélope se encontrava entre os mortos, depois de ter resistido à abordagem policial e ter aberto fogo contra os polícias, acabando por ser atingida fatalmente.

No entanto, o gabinete de comunicação da polícia nunca confirmou a informação - que esta nota oficial vem, agora, desmentir.

A Polícia Civil afirma ainda que o corpo pertence, na verdade, a um jovem de 22 anos. "A imagem compartilhada era do corpo de Ricardo Aquino dos Santos, de 22 anos, natural da Bahia. Contra ele, que tinha histórico criminal na Bahia, havia dois mandados de prisão ativos", escreve a Polícia Civil, citada pelo G1.

Quem é Penélope, conhecida por 'Japinha'?

Penélope é considerada um membro importante dentro do Comando Vermelho. Segundo a polícia, trata-se de uma pessoa de confiança dos chefes locais, atuando na proteção de rotas de fuga e na defesa de pontos estratégicos de venda de droga. 

Penélope ganhou notoriedade nas redes sociais, onde partilhava fotografias vestida com uniformes militares e onde ostentava armas. As imagens começaram a circular na internet, o que ajudou a consolidar a fama de "musa do crime", associando a estética de poder e o glamour dentro do Comando Vermelho.

A organização criminosa, recorde-se, é uma das mais antigas e influentes do Brasil - foi formada na década de 1970 por reclusos do Instituto Penal Cândido Mendes, em Ilha Grande, onde estavam presos comuns e presos políticos durante a Ditadura Militar.

Confirmadas 121 mortes, incluindo quatro polícias 

A megaoperação policial no Rio de Janeiro tinha como alvo os complexos do CV do Alemão e da Penha, e visava combater o avanço territorial da organização. Ao todo, o governo brasileiro diz que morreram 121 pessoas.

Entre os mortos estão quatro polícias e 117 suspeitos, segundo o secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi. 

Ainda assim, a Defensoria Pública daquele estado brasileiro (o equivalente ao sistema português de apoio judiciário) afirmou que morreram 132 pessoas, depois de os moradores terem encontrado pelo menos 74 corpos numa mata.

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Megaoperação policial no Rio de Janeiro contra o crime organizado que matou, pelo menos, 121 pessoas, já entrou para a história como a mais letal de sempre naquele estado brasileiro. Mas nem tudo está já esclarecido.

Notícias ao Minuto | 18:53 - 30/10/2025

Em reação ao sucedido, o presidente do Brasil, Lula da Silva, revelou que a polícia “não tinha uma ordem de matança”, frisando que a decisão do juiz que autorizou a megaoperação era "uma ordem de prisão". Nesse sentido, defendeu o chefe de Estado, é preciso averiguar eventuais falhas.

Leia Também: Operação no Rio de Janeiro não tinha "ordem de matança", diz Lula

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2882824/musa-do-crime-do-comando-vermelho-afinal-nao-morreu-na-megaoperacao#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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