Alemanha diz que venda de Eurofighter à Turquia reforça segurança da NATO
- 31/10/2025
"Todos concordamos que estas aeronaves servirão a segurança coletiva da Aliança", declarou Merz numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, referindo-se ao acordo de compra assinado na segunda-feira entre a Turquia e o Reino Unido.
A Alemanha, que inicialmente vetou o acordo de venda devido ao apoio de Ancara ao grupo palestiniano Hamas, levantou a sua objeção em julho, permitindo o avanço do contrato.
Os Eurofighter são construídos por um consórcio que integra o Reino Unido, Alemanha, Itália e Espanha, todos com poder de veto sobre fornecimentos a países terceiros.
A Turquia assinou na segunda-feira um contrato com o Reino Unido para a aquisição de 20 caças Eurofighter Typhoon, num negócio avaliado em cerca de 5,4 mil milhões de libras (6,1 mil milhões de euros, ao câmbio atual), considerado estratégico para a modernização da Força Aérea turca e para o fortalecimento das capacidades da NATO.
A Turquia é membro da Aliança Atlântica desde 1952.
Na mesma conferência de imprensa, o chanceler alemão afirmou querer "preparar o terreno para a adesão da Turquia à União Europeia (UE)", mas sublinhou que este país "ainda não cumpre os padrões do Estado de Direito e da democracia".
A Turquia obteve o estatuto de país candidato à UE em dezembro de 1999.
A UE e a Turquia iniciaram as negociações de adesão em outubro de 2005, mas, na sequência do retrocesso da Turquia nos domínios da democracia, do Estado de direito e dos direitos fundamentais, as negociações entre o bloco europeu e Ancara encontram-se num impasse desde junho de 2018.
Questionado diretamente sobre a detenção do presidente da Câmara de Istambul e principal adversário político de Erdogan, Ekrem Imamoglu --- preso desde março sob acusações de corrupção que nega ---, Merz disse ter "expressado preocupação quanto à independência do poder judicial na Turquia".
Em resposta, Erdogan defendeu o seu país apresentando-o como um modelo específico de democracia que pode ser comparado aos padrões europeus exigidos pela UE nos chamados "critérios de adesão de Copenhaga".
"Estamos calmos e tranquilos, porque os critérios de Copenhaga não representam uma posição negativa para nós. Se abordarem a Turquia com os critérios de Copenhaga, temos os critérios de Ancara para contra-atacar", disse Erdogan na conferência de imprensa conjunta.
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