Ataque em Sydney: No funeral, Matilda foi lembrada como um "raio de sol"
- 19/12/2025
O funeral de Matilda, uma das 15 vítimas mortais do tiroteio da praia de Bondi, na Austrália, aconteceu esta quinta-feira, e a família pediu para que a raiva que este ataque possa ter gerado não sirva para alimentar (mais) ódios. Matilda, descrita como um "raio de sol", tinha dez anos e é a mais nova das 15 pessoas que morreram às mãos dos atiradores, pai e filho.
O funeral realizou-se em Sydney, onde uma multidão se reuniu para prestar uma última homenagem, de acordo com o que é escrito pela imprensa internacional. Para a cerimónia foram levadas não só flores, como também balões.
À BBC, Lina Chernykh, tia desta menina, lembrou a sobrinha como uma criança alegre que espalhava amor por onde quer que fosse. "Deixem a raiva de lado e espalhem felicidade, amor e boas lembranças para minha querida sobrinha", pediu esta mulher, acrescentando que esperava que "ela agora fosse um anjo" e que enviasse "boas vibrações para o resto do mundo".
As homenagens: Da família à escola
Segundo detalha a BBC, os pais desta criança, Michael e Valentyna deram o nome à filha devido à canção "Waltzing Matilda", que é uma homenagem à Austrália e muitas vezes descrita como 2.º hino nacional. A homenagem foi feita porque a família encontrou na Austrália refúgio quando saiu da Ucrânia, em 2010.
A tia desta criança disse que a família estava devastada com o que aconteceu: "Olho para a cara dos pais dela e não sei se alguma vez serão felizes novamente". Já a irmã de Matilda, de quem ela nunca se separava, segundo conta a tia, "não tem lágrimas suficientes para chorar".
Durante a cerimónia, os pais de Matilda prestaram-lhe uma última homenagem. A mãe, Valentyna, lembrou o momento do ataque, dizendo: "Ela estava a correr, feliz, e no segundo seguinte, estava no chão. Não consigo explicar como é que isto aconteceu".
Numa homenagem feita por colegas da escola, e lida durante a cerimónia, a menina foi descrita como "um raio de sol".
Já o pai, Michael, falou com a imprensa, também acerca do momento do ataque: "Enrolei a minha camisa à volta dela e falava com ela porque ela estava em choque. 'Está a ser difícil respirar'. Segurei-a a disse-lhe para ter calma. Tentei tirá-la dali, mas os disparos não paravam".
O ataque aconteceu a 14 de dezembro e foi o pior atentado na Austrália em quase 30 anos, quando, em 1996, 35 pessoas morreram na cidade de Port Arthur. O atirador também morreu.
Aqui, foram dois os responsáveis por estas mortes: Sajid e Naveed Akram, pai e filho com 50 e 24 anos, foram os autores deste tiroteio. O mais velho morreu no local e o mais novo foi levado para o hospital em estado crítico, estando ainda hospitalizado e sob a custódia da polícia. Foi acusado de 59 crimes, incluindo 15 acusações de homicídio.
A vítima mortal mais velha é Alex Kleytman, um sobrevivente do Holocausto que morreu ao proteger a esposa Larisa, de acordo com a organização judaica global Chabad. Natural da Ucrânia, Kleytman deixa a esposa, dois filhos e 11 netos.
As imagens do funeral podem ser vistas na galeria acima.





.jpg)























































