Ataques dos EUA? Kallas diz que "só se pode usar a força por duas razões"
- 10/11/2025
Em declarações aos jornalistas na cidade colombiana de Santa Marta, onde participa na IV Cimeira CELAC-UE, Kaja Kallas sublinhou que esse posicionamento é determinado pelo direito internacional.
"Só se pode usar a força por duas razões. Em defesa própria ou com base numa resolução do Conselho de Segurança da ONU (Organizações das Nações Unidas)", ressalvou.
A responsável europeia reagia desta forma aos ataques norte-americanos no Caribe e no Pacífico contra embarcações alegadamente carregadas com droga.
Os Estados Unidos dizem já ter afundado 17 embarcações no Caribe e Pacífico, alegadamente envolvidas em tráfico de droga, causando mais de 60 mortes, enquanto países como a Colômbia e a Venezuela classificam estes ataques norte-americanos como assassinatos e execuções extrajudiciais.
Alguns países, como o Brasil, avisaram querer abordar o tema na cimeira UE-CELAC, com Lula da Silva a enquadrar a sua presença neste encontro como um ato de "solidariedade regional" para com a Venezuela, numa alusão ao destacamento militar dos Estados Unidos da América em zonas próximas das águas territoriais venezuelanas.
Kaja Kallas destacou que a União Europeia é um parceiro "fiável" para a América Latina e o Caribe, sublinhando os valores partilhados entre ambas as regiões.
"Estamos a milhares de quilómetros de distância, mas partilhamos os mesmos valores. Acreditamos no direito internacional, no Estado de direito e na democracia, e lutamos juntos contra as alterações climáticas", afirmou.
Segundo adiantou, a IV Cimeira da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e da União Europeia abordará temas como "as cidades, a segurança e o combate ao crime organizado", além da cooperação multilateral em áreas como energia, transição digital e alterações climáticas.
Questionada sobre as ausências de vários líderes de ambos os lados do Atlântico, respondeu que era necessário agradecer "aos que estão presentes".
De acordo com o Governo colombiano, participam nove chefes de Estado e de Governo, incluindo o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, de um total de 60 convidados.
Inicialmente prevista para decorrer até segunda-feira, a cimeira foi encurtada para uma única jornada, devendo a chamada Declaração de Santa Marta ser aprovada ainda esta tarde.
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