.jpg)
Bombardeamento de origem desconhecida atinge área de base militar em Damasco
- 10/12/2025
"As imediações do aeródromo militar de Mazzeh, em Damasco, foram atingidas por três projéteis de origem desconhecida, sem causar vítimas ou danos materiais", noticiou a agência oficial SANA, citando uma fonte militar.
As autoridades foram enviadas para o local e "iniciaram uma investigação para determinar a origem do bombardeamento", acrescentou a agência, após relatos de explosões naquela zona da capital da Síria.
Este incidente ocorre num período de comemorações na Síria do primeiro aniversário da queda do regime de Bashar al-Assad, deposto por uma coligação rebelde islamita que está agora no poder.
A base aérea de Mezzeh foi severamente bombardeada por raides aéreos israelitas durante o golpe que afastou o regime de Assad, que, a par das instalações militares, mantinha naquela unidade uma prisão política.
Anteriormente, o exército israelita confirmou hoje ter aberto fogo sobre uma multidão na zona de Quneitra, no sul da Síria, alegando que o grupo era composto por indivíduos que "representavam uma ameaça" para as tropas.
Segundo os meios de comunicação social sírios, três pessoas ficaram feridas.
Em comunicado, os militares israelitas afirmaram que "durante um exercício das Forças de Defesa de Israel (IDF) na área de Quneitra, ocorreu um confronto quando vários suspeitos se aproximaram das tropas de uma forma que estas consideraram ameaçadora".
Nesta situação, o exército agiu de acordo com os seus "princípios operacionais" e disparou para o ar, relatou o comunicado.
"Como os suspeitos não se afastaram, as tropas responderam e dispararam sobre a parte inferior do corpo dos dois principais instigadores", prosseguiu a nota informativa.
Durante a queda do regime sírio em 08 dezembro de 2024, Israel expandiu a sua presença além da zona desmilitarizada supervisionada pela ONU nos Montes Golã, estabelecendo nove postos militares entre o Monte Hermon, a cidade de Quneitra e partes da cidade de Daraa, no sul da Síria.
Desde então, Israel tem insistido na desmilitarização da Síria a sul de Damasco.
O atual Presidente de transição sírio, Ahmad al-Sharaa, acusa Israel de "exportar crises" para outros países ao "combater fantasmas" e de colocar o seu país numa situação perigosa ao insistir numa zona desmilitarizada.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje em comunicado que, embora tenham existido contactos e reuniões para um acordo de segurança com a Síria, patrocinado pelos Estados Unidos, não foi alcançado qualquer acordo ou entendimento.
Leia Também: António Costa admite que "desafios permanecem" na Síria
