Brasil. Governo diz que Rio de Janeiro não pediu ajuda para megaoperação
- 29/10/2025
"Não recebi nenhum pedido do governador do Rio de Janeiro (...) para esta operação, nem ontem, nem hoje, absolutamente nada", disse, em conferência de imprensa, o ministro brasileiro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
O ministro brasileiro recordou ainda que responsabilidade pela segurança pública "nos estados é das autoridades locais, é do governador".
As forças federais não são forças coadjuvantes das polícias militares e das polícias civis, nós auxiliámos o Rio de Janeiro no que pudemos", frisou Lewandowski, acrescentando que quando o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, pediu a transferência de líderes das fações criminosas para as penitenciárias federais de segurança máxima esse pedido "foi atendido".
Esta reação do Governo de Lula da Silva surge depois de Cláudio Castro (do partido de Jair Bolsonaro) ter criticado a falta de apoio do Governo Federal contra as organizações criminosas.
"Infelizmente, desta vez, como ao longo deste mandato inteiro, não temos o auxílio de blindados nem de agentes das forças federais de segurança e da defesa", declarou o governador do Rio de Janeiro.
A Operação Contenção, que visa deter líderes criminosos do Rio de Janeiro e de outros estados, e combater a expansão do Comando Vermelho (CV), mobilizou cerca de 2.500 agentes, que entraram em confronto com os alegados criminosos, com o objetivo de cumprir 100 mandados de prisão e 150 de busca e apreensão.
Pelo menos 64 pessoas morreram, entre as quais quatro polícias, durante a megaoperação no Rio de Janeiro contra o grupo CV, já considerada a mais letal de sempre nesta cidade brasileira.
Na operação contra o CV nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, que ainda decorre, 81 pessoas foram detidas.
Foram mortos dois polícias civis e dois polícias militares, durante um combate que se iniciou hoje de manhã e no qual os membros da organização criminosa utilizaram várias armas de fogo de alto calibre e até 'drones' com bombas.
Entre os suspeitos mortos encontra-se um dos principais líderes da fação e entre os detidos encontram-se vários cabecilhas da mesma. Há ainda três civis que também foram atingidos.
Até ao momento, as autoridades apreenderam 71 espingardas, de uso exclusivo das Forças Armadas, duas pistolas e nove motorizadas.
A imprensa local dá conta que, como represália pela megaoperação, os criminosos colocaram autocarros e carros roubados como barricadas em vários locais da zona Norte da capital do estado, nomeadamente na Avenida Brasil, na Linha Vermelha e na Cidade de Deus, entre várias outras vias.
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