Câmaras ajudaram polícia de Macau a resolver mais de 38 mil casos
- 26/11/2025
"De 2016 até agora conseguimos resolver 38 mil casos através" da rede de câmaras de vigilância, disse o comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários (SPU) de Macau, Leong Man Cheong.
Durante as cinco primeiras fases do Sistema de Videovigilância da Cidade de Macau, conhecido como 'Olhos no Céu', foram instaladas mais de 1.920 câmaras em toda a região.
Em 2023, os SPU disseram que o sistema tinha ajudado a investigar casos de homicídio, tráfico de estupefacientes, roubo, furto, fogo posto, posse de arma proibida, ofensas à integridade física e burla.
Leong Man Cheong disse hoje que a sexta fase do 'Olhos no Céu' vai incluir a instalação de mais 800 câmaras de videovigilância até ao final de 2027, incluindo 120 numa nova ilha artificial, conhecida como zona A.
"Já instalámos dez câmaras em vários edifícios de habitação pública e entraram em funcionamento estas câmaras. Além disso, nas vias principais foram instaladas câmaras de vigilância", acrescentou o comandante.
Leong sublinhou que a instalação das restantes câmaras "tem de seguir o andamento técnico da construção" e urbanização da zona A, um aterro reclamado ao mar a leste da península de Macau.
A zona A é a maior dos novos aterros urbanos de Macau, com uma área de 1,38 quilómetros quadrados, onde o Governo prevê que no futuro vivam 96 mil pessoas, incluindo em habitação pública.
Leong falava na Assembleia Legislativa, o parlamento de Macau, durante o debate das Linhas de Ação Governativa para 2026, apresentadas pelo secretário para a Segurança, Chan Tsz King.
No mesmo debate, Chan apontou as novas tecnologias, incluindo a inteligência artificial, como a solução para lidar com "a falta de pessoal" nas forças de segurança do território.
"Ainda dentro de dois a três anos, vários trabalhadores chegarão à idade para se aposentarem, por isso vamos então verificar que o problema vai ser mais grave", alertou o secretário, que tomou posse em 16 de outubro.
Mas Chan, que até dezembro de 2024 era comissário contra a Corrupção, sublinhou que "todos os dirigentes" de Macau têm de "enfrentar certas limitações" devido à "política geral do Governo" para a contratação de funcionários públicos.
"Temos que ser pragmáticos, temos que ser realistas e também temos de ter em conta o recurso às novas tecnologias para colmatar esta falha", defendeu o antigo procurador.
Apesar das limitações, Chan garantiu que não desiste do combate ao trabalho ilegal e revelou que as forças de segurança detetaram, "até agora este ano", 76 casos envolvendo 173 pessoas.
Um aumento comparado com o mesmo período de 2024, em que a polícia registou 63 casos envolvendo 117 pessoas, sendo a maioria dos trabalhadores ilegais vindos da China continental, Hong Kong e sudeste asiático.
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