Centrista Rob Jetten será o PM mais novo da história dos Países Baixos
- 07/11/2025
De acordo com o Conselho, Jetten venceu por uma margem muito pequena, tendo o seu partido, o D66, obtido apenas mais 29.668 do que o PVV, do líder da extrema-direita Geert Wilders.
"Penso que agora mostrámos ao resto da Europa e do mundo que é possível derrotar os movimentos populistas se se fizer campanha com uma mensagem positiva para o país", afirmou Jetten.
Antes de assumir a liderança da quinta maior economia da União Europeia, Rob Jetten terá de formar uma coligação, processo que pode demorar meses.
No sistema político holandês, nenhum partido detém lugares suficientes no parlamento de 150 membros para governar sozinho, tornando o compromisso e a negociação essenciais.
Com o número mais baixo de deputados alguma vez registado por um vencedor de eleições, o D66 terá companhia de mais 14 partidos no parlamento, incluindo um dos direitos dos animais e um grupo que representa os interesses das pessoas com mais de 50 anos.
Embora Wilders tenha perdido 11 lugares relativamente à sua surpreendente vitória eleitoral em 2023, a extrema-direita continua a ser uma força importante nos Países Baixos.
O partido de extrema-direita Fórum para a Democracia aumentou a sua representação de três para sete lugares, enquanto outro partido de extrema-direita, o JA21, conquistou nove lugares, quando em 2023 tinha conseguido apenas um.
Jetten é favorável a uma coligação de quatro partidos que reúna todo o espetro político e já disse querer trabalhar principalmente com o CDA (18 lugares, partido de centro-direita), o VVD (22 lugares, partido liberal de direita) e o grupo Verdes/Trabalhistas (20 lugares, partido de esquerda).
Isto dar-lhe-ia uma confortável maioria de 86 lugares, mas a líder do VVD, Dilan Yesilgoz, afastou qualquer coligação com os Verdes/Trabalhistas, preferindo uma coligação de direita com o CDA, o JA21 e o D66.
Esta coligação teria 75 lugares, o que a tornaria potencialmente instável.
Outra possibilidade seria uma coligação minoritária, mas Jetten sublinhou que esta não é a sua opção preferida.
Para tentar ultrapassar estas diferenças, foi nomeado um "olheiro", ou seja, um encarregado de determinar quais os partidos que estão dispostos a trabalhar em conjunto, e que deverá apresentar um relatório na próxima terça-feira.
As eleições legislativas dos Países Baixos foram vistas como um sinal da ascensão da extrema-direita na Europa, com os números a ser muito renhidos.
Realizadas na quarta-feira passada, o resultado das eleições só foi confirmado na segunda-feira após a contagem dos últimos boletins de voto.
Apesar de ter afirmado, nas redes sociais, que as eleições tinham tido irregularidades, Geert Wilders já cumprimentou o seu adversário pela vitória, admitindo a sua derrota eleitoral.
O líder da extrema-direita ofereceu-se para integrar a coligação governamental, mas todos os principais partidos descartaram essa possibilidade mesmo antes da votação.
Leia Também: Líder da extrema-direita exige negociações para governo nos Países Baixos





.jpg)





















































