China garante que vai continuar a proteger estrangeiros face a tensão com Japão
- 18/11/2025
"O Governo chinês sempre protegeu e continuará a proteger a segurança dos cidadãos estrangeiros na China, em conformidade com a lei", afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, numa conferência de imprensa regular.
Na segunda-feira, a embaixada do Japão em Pequim instou os japoneses que vivem ou se encontram atualmente na China a terem cautela.
"Quando viajar, preste especial atenção ao que o rodeia, principalmente à possível presença de indivíduos suspeitos. Procure viajar em grupo sempre que possível", alertou a embaixada.
"Evitar locais lotados ou aqueles que provavelmente são frequentados por japoneses, tanto quanto possível", acrescentou, numa nota.
O porta-voz do Governo japonês, Minoru Kihara, afirmou hoje que as recomendações foram emitidas "com base numa avaliação abrangente da situação política, incluindo a situação de segurança no país ou região em questão, bem como as condições sociais".
O alerta da embaixada japonesa aconselha ainda os cidadãos nipónicos a "respeitarem os costumes locais e a terem cuidado com as suas palavras e ações quando interagem com os residentes".
"Se vir uma pessoa ou grupo que pareça suspeito, afaste-se e saia da área imediatamente", acrescenta o comunicado.
Em setembro de 2024, um estudante de uma escola japonesa em Shenzhen, no sul da China, morreu depois de ter sido esfaqueado.
Três meses antes, um ataque com faca numa paragem de autocarro escolar de uma escola japonesa na cidade de Suzhou, no leste do país, resultou na morte de uma cidadã chinesa que tentava deter o atacante e feriu uma mãe japonesa e o filho.
Masaaki Kanai, um alto funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão para a região da Ásia-Pacífico, está em Pequim e vai encontrar-se hoje com o diretor-geral do Departamento de Assuntos Asiáticos do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Liu Jinsong.
Em 07 de novembro, a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, afirmou que um ataque a Taiwan poderia justificar a intervenção das Forças de Autodefesa do Japão.
Em resposta, a China chamou o embaixador japonês em Pequim alertando-o que o preço a pagar seria "doloroso".
O Ministério da Defesa da China defendeu ainda que as declarações de Takaichi foram "extremamente perigosas" e uma "grave interferência" nos assuntos internos chineses.
Entretanto, o ministério proibiu a navegação em parte do mar Amarelo, entre segunda e quarta-feira, para realizar exercícios militares.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês emitiu um alerta, na sexta-feira, no qual desaconselha as viagens para o Japão devido à deterioração do ambiente de segurança.
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