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Congresso da extrema-direita alemã adiado "por causa dos protestos"
- 29/11/2025
O congresso foi adiado "por causa dos protestos", disse o porta-voz do partido, Michael Pfalzgraf, à AFP.
A convenção tinha início marcado para as 10h00 locais (09h00 em Lisboa), em Giessen, perto de Frankfurt, mas os membros da AfD tiveram dificuldades em chegar ao local devido aos bloqueios de ruas por toda a cidade, feitos por opositores do partido, que é anti-imigração e pró-Rússia.
Ao início do dia, mais de 15 mil pessoas protestavam contra a formação do partido, segundo dados da coligação de associações anti-AfD, e "vários milhares", segundo a polícia, convergiram para Giessen.
Conforme avançou a AFP, alguns lançavam bombas de fumo, outros agitavam bandeiras arco-íris ou faixas com frases de ordem como "luta contra o fascismo", tudo sob o olhar atento de uma grande presença policial.
Depois de ter ficado em segundo lugar nas eleições parlamentares de fevereiro, a AfD, principal partido da oposição, está a preparar-se para uma série de eleições regionais em 2026, que espera vencer, principalmente nos seus bastiões no leste do país.
No início deste ano, o partido foi forçado a dissolver a sua antiga ala jovem, Alternativa Jovem (Junge Alternative), que foi ameaçada de proibição após ter sido acusada de promover ideias xenófobas e de vários escândalos, desde cânticos racistas à organização de treino paramilitar.
O partido, que tinha antecipado cerca de mil participantes no congresso, pretendia hoje nomear os dirigentes da sua nova organização juvenil, adotar os seus estatutos e escolher um nome e um logótipo.
A Alemanha, marcada pelo seu passado nazi, resistiu durante muito tempo à ascensão eleitoral da extrema-direita, mas a crise migratória de 2015, seguida de ataques islamistas e crimes cometidos por estrangeiros, impulsionou a popularidade da AfD.
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