Cooperação na defesa aproxima Portugal e Polónia: "Relações muito boas"
- 19/12/2025
Lisboa e Varsóvia, adiantou, querem "desenvolver as áreas económicas ligadas à defesa e também à produção de bens de duplo uso, isto é, que podem ser usados na defesa, mas também noutras atividades económicas e empresariais", referiu Paulo Rangel, que falava à Lusa por telefone a partir de Varsóvia, onde foi recebido pelo homólogo polaco, Radoslaw Sikorski, durante uma visita oficial.
O chefe da diplomacia portuguesa destacou "uma grande convergência" entre os dois países europeus, que "estão a investir imenso" nestas duas áreas.
"Ambos têm experiências muito diferentes, por exemplo, a nossa experiência marítima pode ser muito útil para o Báltico", referiu.
Paulo Rangel destacou que as relações bilaterais "são muito boas" e "têm ainda muito potencial", comentando que "não se trata propriamente de corrigir nada".
O ministro apontou a "presença muito relevante de empresas portuguesas na Polónia", bem como o crescimento das trocas comerciais entre os dois países. Além disso, o turismo polaco em Portugal está a registar "um crescimento significativo".
Sobre o encontro com o chefe da diplomacia polaco, Rangel destacou a "convergência" sobre a "agressão russa à Ucrânia", sublinhando que "foi muito importante" a decisão do Conselho Europeu, alcançada na madrugada de hoje, de conceder um apoio de 90 mil milhões de euros a Kiev para os próximos dois anos.
"As posições de Portugal e da Polónia estão perfeitamente alinhadas e, portanto, estamos muito solidários", salientou.
O ministro salientou ainda "uma grande convergência de opiniões e de visões quanto a tudo o que tem a ver com a política externa dos dois países", em matérias como a discussão do próximo orçamento a longo prazo da União Europeia e a relação com os Estados Unidos, África ou o Extremo Oriente, temas abordados durante o encontro.
Os dois governantes assinaram um memorando de entendimento para promover a cooperação entre os bancos de fomento português e polaco, criando "canais de comunicação de forma a poderem ajudar os investidores em cada um dos países a desenvolverem os seus projetos", explicou.
Leia Também: Governo português sem pedidos de ajuda de portugueses na Venezuela





.jpg)






















































