Daniel Chapo pede "menos burocracia" para acesso a fundos climáticos
- 08/11/2025
"Apelámos durante o nosso discurso à flexibilização dos mecanismos de acesso. Portanto, que haja menos burocracia para a disponibilização desse recurso, principalmente para os países em vias de desenvolvimento como é o caso de Moçambique", disse Chapo, em balanço, no fim da visita de trabalho ao Brasil, onde participou da sessão plenária da cimeira de líderes que antecede a 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30), de 10 a 21 de novembro, também em Belém.
De acordo com o Presidente moçambicano, o Presidente brasileiro, Lula da Silva, mobilizou, durante os dias em que decorreu a cimeira dos chefes de Estados, cerca de 5,5 mil milhões de dólares norte-americanos em financiamento climático para países vulneráveis e menos poluentes.
"O outro aspecto é o financiamento climático, que está ligado, portanto, à justiça climática, que achamos que é extremamente importante também haver, e o Presidente Lula trabalhou muito nisso, pelo menos até à altura em que terminou esta conferência, houve mobilização" dos líderes mundiais para esse valor, disse.
Chapo ressalvou que Moçambique é um dos dez países mais vulneráveis às mudanças climáticas ao nível do mundo, caracterizado ciclicamente por cheias, inundações, secas e ciclones.
"E isto resulta das mudanças climáticas. Mas Moçambique é um dos países que quase não polui nada. Daí que achamos que a justiça ambiental ou climática significa que os países ricos que poluem mais deviam, sem mais dúvidas, compensar financeiramente aqueles que estão a sofrer as consequências sem poluir, como o caso de Moçambique", referiu, sublinhando, contudo, que a presença do país na cimeira "foi bastante importante", por conta dos recursos mobilizados.
No geral, o chefe do Estado diz que a recomendação de Moçambique foi para a necessidade de se passar do discurso para a ação e, sobretudo, no aspecto de justiça climática e financiamento climático, um financiamento para o qual Moçambique já está a estruturar-se "muito bem", com a aprovação de vários instrumentos para poder ter acesso a estes recursos ao nível do mundo.
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