Donald Trump convidou Benjamin Netanyahu para reunião na Casa Branca
- 02/12/2025
A informação foi divulgada pelo gabinete de Netanyahu num comunicado sobre o telefonema, que ocorreu pouco depois de o presidente norte-americano ter instado o primeiro-ministro israelita, através de uma publicação nas redes sociais, a manter um "diálogo firme e verdadeiro" com a Síria.
"Na conversa, ambos os líderes destacaram a importância e o compromisso com o desarmamento do Hamas e a desmilitarização da Faixa de Gaza e abordaram a alargamento dos acordos de paz", revela o comunicado.
A primeira fase do atual acordo de cessar-fogo com o Hamas, impulsionado pelos Estados Unidos e em vigor desde 10 de outubro, prevê a reabertura da passagem de Rafah, no sul de Gaza, para a entrada de mais ajuda humanitária, a fim de aliviar a situação da população palestiniana, após mais de dois anos sem acesso a alimentos, algo que Israel continua a não permitir.
O Executivo israelita defende que não o fará até que as milícias palestinianas devolvam os dois últimos corpos de reféns que ainda permanecem na Faixa.
Por outro lado, na segunda fase do cessar-fogo serão abordadas as questões mais espinhosas entre Israel e o Hamas, como a desmilitarização do grupo palestiniano, a reconstrução da Faixa de Gaza, quem governará o enclave e se Israel continuará na chamada linha amarela ou se retirará, entre outras questões.
A linha amarela é a demarcação para a qual as tropas israelitas se retiraram quando o cessar-fogo começou e atrás da qual todo o perímetro (mais de 50% de Gaza) continua sob domínio militar de Israel.
Por enquanto, as negociações continuam num impasse, com os habitantes de Gaza em condições sub-humanas de habitabilidade e acesso a recursos básicos, que se agravaram há algumas semanas devido à chegada de chuvas intensas.
Citado pela agência EFE, o porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, denunciou hoje que a maioria dos camiões que entram atualmente na Faixa "destinam-se ao setor comercial e transportam materiais complementares que não são considerados essenciais para a população no meio da atual crise humanitária".
Desde que Israel iniciou a sua ofensiva em Gaza em retaliação aos ataques do Hamas em outubro de 2023, mais de 70 mil palestinianos morreram em ataques israelitas e quase 171 mil ficaram feridos, muitos com amputações e lesões para toda a vida, segundo fonte do governo do Hamas considerados credíveis pelas Nações Unidas.
Além disso, considerando que constituem "ameaças imediatas", as tropas israelitas têm matado habitantes de Gaza diariamente desde que a trégua entrou em vigor, elevando o número total de mortos para 356 pessoas.
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