Efígie decapitada de Trump é incendiada num festival na Guatemala

  • 10/12/2025

A cabeça de Donald Trump apareceu decapitada e na mão do diabo… momentos antes de ser incendiada.

 

Trata-se de uma efígie e, portanto, de uma figura feita à imagem do presidente norte-americano, que foi associada à figura mítica do diabo num evento anual chamado "Burning of the Devil" (na tradução livre, "A Queima do Diabo) na Guatemala.

Todos os anos, a 7 de dezembro, por volta das 18h00 locais, o país queima figuras de demónios e outras personagens antes do Dia da Imaculada Conceição, que se celebra no dia seguinte, a 8 de dezembro. Este ano, entre as diversas figuras estava a de Donald Trump.

"Há sempre uma personagem que atrai toda a atenção e os comentários", afirmou um membro da organização do evento, citado pelo Independent, sobre a escolha de queimar Trump. 

"Este ano calhou ser uma figura já envolvida em tantas controvérsias, não só neste país, mas em todo o mundo. Nomeadamente, o 'pequeno tiranoo dos Estados Unidos que fez tanto mal ao nosso povo latino e especialmente aos nossos irmãos da Guatemala. O diabinho leva a cabeça", acrescentou.

A cabeça de Donald Trump, facilmente distinguida pelo seu cabelo loiro, foi colocada na mão de uma criatura gigante, com asas recortadas, chifres e uma expressão maquiavélica. Depois, esse diabo é incendiado e, com ele, a cabeça do presidente norte-americano.

Veja as imagens deste momento na nossa galeria.

"Serve para representar o triunfo do bem sobre o mal e sobre todas as coisas más as deixar ir", explicou Aldaghir Gonzalez, um dos participantes do festival, em entrevista à Global News. "Tudo isto representa o queimar do mal".

Políticas de imigração de Trump têm visado guatemalenses

A escolha de Donald Trump para o evento este ano não vem como uma completa surpresa: ao longo do seu (ainda) curto mandato, o presidente norte-americano tem feito uma das suas missões o combate à imigração ilegal. As medidas rígidas que impôs levaram à deportação de milhares de pessoas, nomeadamente da América Latina e, com ela, a Guatemala. 

Em setembro deste ano, o serviço de imigração e controlo aduaneiro dos Estados Unidos, conhecidos pela sigla em inglês ICE,  começou a deportar crianças guatemalenses que tinham chegado ao território norte-americano sozinhas e viviam em abrigos ou com famílias de acolhimento. 

A medida foi rapidamente alvo de inúmeras críticas, especialmente por parte de grupos de direitos humanos e ativistas pelos direitos de migrantes. Em resposta, a administração Trump alegou que estava a levar a cabo esta ação para reunir as crianças com as suas famílias nos seus países de origem.

Desde então, foram revelados documentos judiciais que relataram voos frenéticos em que as crianças vomitavam devido a elevados níveis de stress.

Noutras situações, há também relatos de imigrantes com a situação regularizada e permissão para estarem no país a serem detidos pelo ICE e deportadas e até de situações em que pais são separados de filhos menores.

Os Estados Unidos insistem que nenhuma família está a ser separada e que os pais que são deportados têm a escolha de regressar com os filhos ou deixar os mesmos no país a cargo de um tutor.

As famílias visadas e os defensores dos direitos de imigrantes consideram que se trata de uma escolha impossível que acaba por destruir um lar: em grande parte dos casos os pais escolhem deixar os filhos nos Estados Unidos, na esperança de que consigam ter uma vida melhor.

Leia Também: Europa? Conjunto de nações "em decadência", lideradas por "fracos"

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2901731/cabeca-decapitada-de-trump-e-incendiada-num-festival-na-guatemala#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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