Egito, Qatar e outros alarmados com abertura de Gaza apenas para saída
- 06/12/2025
Num comunicado conjunto, os ministros dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, Egito, Turquia, Qatar, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Indonésia e Paquistão mostraram-se alarmados "com as declarações feitas pela parte israelita sobre a abertura da passagem de Rafah num só sentido, com o objetivo de transferir os habitantes da Faixa de Gaza para o Egito".
Israel anunciou na quarta-feira a reabertura "nos próximos dias" do posto fronteiriço de Rafah, no extremo sul do território palestiniano.
A medida destinar-se-á "exclusivamente à saída" de habitantes de Gaza para o Egito, informou o COGAT, o organismo do Ministério da Defesa israelita que supervisiona as atividades civis nos Territórios Palestinianos.
O Egito rapidamente negou ter aceitado tal medida, insistindo que aquela passagem estratégica seja aberta nos dois sentidos.
Os oito MNE muçulmanos sublinharam "rejeitar categoricamente qualquer tentativa que vise deslocar o povo palestiniano da sua terra" e opor-se a toda a partida forçada de habitantes de Gaza do seu território.
Insistiram para que a passagem de Rafah seja aberta em ambas as direções, em conformidade com o plano de paz do Presidente norte-americano, Donald Trump.
A reabertura da passagem fronteiriça de Rafah está prevista no plano de paz para a Faixa de Gaza e é há muito reivindicada pelas agências especializadas da ONU e pela comunidade humanitária.
Mas desde a entrada em vigor do cessar-fogo em Gaza, a 10 de outubro, as autoridades israelitas não a autorizaram, argumentando que o movimento islamita palestiniano Hamas, desde 2007 no poder naquele território, ainda não tinha restituído os restos mortais de todos os reféns que se tinha comprometido a entregar, e invocando a necessidade de coordenação com o Egito.
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