Eleições em Bissau serão 1.º escrutínio totalmente financiado pelo país
- 18/11/2025
O orçamento para este ato eleitoral ronda os três mil milhões de francos CFA, equivalente a mais de 4,5 milhões de euros, segundo dados divulgado pela agência de notícicas da Guiné-Bissau, a ANG.
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, já tinha garantido nos primeiros meses de 2025 este propósito, considerando que se trata de "uma questão de soberania" e que tinha sido criado um fundo da democracia para o efeito.
O chefe de Estado ressalvou naquela época que a comunidade internacional podia acompanhar o país, referindo-se a eventuais observadores do processo eleitoral que se realiza no próximo dia 23, com eleições presidenciais e legislativas em simultâneo.
As eleições legislativas de 2023 foram orçadas então em cerca de 12 milhões de euros, tendo o Governo anunciado que seriam financiadas em 70% pelo Estado guineense - quando anteriormente a quase totalidade do custo dos atos eleitorais era assegurado pela comunidade internacional.
À época, o Governo já havia anunciado estar "a fazer esforços para assumir no futuro a totalidade do financiamento dos atos eleitorais, que são atos de soberania".
Em março de 2023, o Governo guineense assinou um acordo com as Nações Unidas, através do Programa das Nações Unidas de Apoio ao Desenvolvimento (PNUD), que previa um apoio de 5,3 milhões de euros no âmbito do Projeto de Apoio aos Ciclos Eleitorais, entre 2023 e 2025, centrado no reforço institucional, mas também na educação cívica e dos valores democráticos.
As eleições de 2023 foram acompanhadas por missões de observação da União Africana - que enviou uma delegação de 29 elementos chefiada pelo ex-Presidente moçambicano Joaquim Chissano -, da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da Rede dos Órgãos Jurisdicionais e de Administração Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (ROJAE-CPLP), chefiada pela Comissão Nacional de Eleições de Portugal.
A União Europeia apoiou, com a parceria do PNUD, uma Célula de Monitorização Eleitoral constituída por diversas organizações da sociedade civil guineense.
*** A delegação da agência Lusa na Guiné-Bissau está suspensa desde agosto após a expulsão pelo Governo dos representantes dos órgãos de comunicação social portugueses. A cobertura está a ser assegurada à distância ***
Leia Também: Eleições na Guiné-Bissau: Fernando Dias torna-se principal adversário de Embaló





.jpg)





















































