Emmanuel Macron oferece apoio ao novo líder de Madagáscar na transição
- 30/11/2025
"Os dois presidentes reiteraram a importância da relação bilateral" e Macron "saudou o anúncio de um processo de consulta nacional, uma série de reformas, em particular para combater a corrupção, e a organização de eleições num prazo razoável", referiu, em comunicado, o Palácio do Eliseu, residência oficial do Presidente da República francesa.
Segundo a nota, Emmanuel Macron "encorajou o presidente da Refundação a envolver os representantes da juventude e da sociedade civil nestes vários processos e ofereceu o apoio da França em conjunto com os seus parceiros internacionais".
O chefe de Estado confirmou ao líder malgaxe que a França deseja apoiar a transição em curso, em consonância com as aspirações expressas pelo povo malgaxe, em particular pelos jovens, e anunciou a libertação de novos recursos para combater a insegurança alimentar no sul do país, disponibilizar médicos em Antananarivo e apoiar projetos de desenvolvimento urbano na capital, avançou a agência France-Presse (AFP).
Macron anunciou ainda o desembolso de ajuda orçamental especificamente destinada à segurança alimentar no país, acrescentou o Palácio do Eliseu.
O Presidente francês já tinha afirmado na semana passada que o país estava pronto para apoiar a transição num espírito de abertura.
O líder do recente golpe de Estado em Madagáscar, coronel Michael Randrianirina, comandante de uma unidade de elite, prestou juramento como novo presidente, em 17 de outubro, três dias após o seu anúncio de que as forças armadas locais iam tomar conta do país, ilha-continente de África, ao largo da costa moçambicana, com cerca de 30 milhões de habitantes.
A iniciativa surgiu após três semanas de protestos contra o Governo, sobretudo por parte de jovens, mas foi condenada pelas Nações Unidas e levou mesmo à exclusão provisória de Madagáscar da União Africana.
O Presidente do país, Andry Rajoelina, está em paradeiro desconhecido, após ter fugido da ilha por temer pela própria vida durante a rebelião.
Randrianirina é comandante do Corpo de Administração de Pessoal e Serviços do Exército Terrestre (CAPSAT) e liderou o golpe, anunciando a suspensão da Constituição malgaxe.
Madagáscar sofreu três golpes anteriores, em 1972, 1975 e 2009, este último também com a participação do CAPSAT, que levou ao poder o próprio Rajoelina, então líder da transição e agora derrubado pelo mesmo corpo militar.
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