Enviado dos EUA encontra-se na próxima semana com Putin em Moscovo
- 26/11/2025
"Steve Witkoff irá, talvez com Jared (Kushner, genro de Trump). Não tenho a certeza se Jared irá, mas está envolvido no processo, é um tipo inteligente, e vão reunir-se com o Presidente Putin, creio, na próxima semana em Moscovo", frisou o Presidente norte-americano aos jornalistas a bordo do Air Force One.
Trump já tinha revelado na terça-feira a viagem de Witkoff a Moscovo para discutir os "poucos pontos de discórdia" que impedem um acordo para o conflito entre Rússia e Ucrânia.
O líder norte-americano indicou, na rede Truth Social, que espera reunir-se ele próprio com o homólogo russo, Vladimir Putin, e com o ucraniano, Volodymyr Zelensky, mas "apenas quando o acordo para pôr fim a esta guerra estiver concluído ou se estiver chegado à fase final" das negociações.
A agência Bloomberg noticiou também na terça-feira que Steve Witkoff deu conselhos a um conselheiro de Vladimir Putin sobre como comunicar com o Presidente norte-americano em relação ao conflito na Ucrânia.
De acordo com o documento publicado pela Bloomberg, Steve Witkoff sugere um telefonema entre Donald Trump e Vladimir Putin, durante o qual este último "congratularia o Presidente (norte-americano) por este sucesso" com o plano para o enclave invadido por Israel.
O enviado especial norte-americano, segundo a mesma fonte, aconselhou que esta conversa se realizasse antes da visita do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky à Casa Branca, agendada para 17 de outubro.
Trump referiu inicialmente que Witkoff seria acompanhado em Moscovo pelo secretário do Exército, Dan Driscoll, que recentemente se juntou aos esforços de Washington neste dossiê.
Antes desta publicação nas redes sociais, o Presidente norte-americano manifestou confiança de que um acordo para o fim do conflito na Ucrânia está "muito perto", numa fase de intenso diálogo de Washington com Kyiv e Moscovo.
Na terça-feira foram igualmente destacados pelas autoridades norte-americanas avanços nas conversações entre o secretário do Exército e uma delegação russa.
Donald Trump tinha dado na semana passada um prazo até quinta-feira (dia 27 de novembro) ao homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para responder ao seu plano de paz de 28 pontos, o que levou à realização de contactos urgentes entre as principais lideranças europeias, Kyiv e Washington.
No rescaldo destas reuniões, realizadas no domingo, ucranianos e norte-americanos afirmaram que um futuro acordo de paz deveria respeitar a soberania da Ucrânia, após uma primeira versão da proposta tornada pública contemplar a maior parte das exigências russas, incluindo cedências territoriais a Moscovo, redução do exército ucraniano e impedimento da adesão de Kyiv à NATO.
O plano de 28 pontos foi posteriormente reduzido e Trump pareceu satisfeito com o resultado das negociações com europeus e ucranianos, declarando na sua rede social Truth Social que "algo de bom pode acontecer".
Kyiv espera agora "organizar a visita de Zelensky aos Estados Unidos o mais rapidamente possível, em novembro, para finalizar os restantes passos e chegar a um acordo com o Presidente Trump", segundo o secretário do Conselho de Segurança da Ucrânia, Rustem Umerov.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, comentou hoje por sua vez que Moscovo aguardava que os Estados Unidos apresentassem a nova versão da sua proposta.
Uma fonte próxima do processo negocial disse à agência de notícias France-Presse (AFP) que a nova versão do plano dos Estados Unidos é "significativamente melhor" para Kyiv.
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