Erdogan oferece a Putin mediação para uma "paz duradoura na região"
- 24/11/2025
A Turquia está disposta "a realizar todo o tipo de iniciativas diplomáticas que possam facilitar os contactos entre os lados para abrir a via a uma paz duradoura na região", disse Erdogan a Putin durante uma conversa telefónica.
No comunicado em que dá conta da conversa, a presidência turca não menciona a reativação dos acordos de 2002 sobre a exportação de cereais ucranianos pelo mar Negro, um tema que Erdogan disse no domingo que trataria com Putin.
Também não é feita menção explícita ao plano de paz proposto pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, para pôr fim à guerra provocada pelo ataque russo à Ucrânia, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
A presidência russa (Kremlin) anunciou que Putin, na conversa com Erdogan, se cingiu à primeira versão do plano apresentado pelos Estados Unidos.
"Vladimir Putin assinalou que estas propostas, na versão que a Rússia recebeu, estão em linha com as discussões mantidas durante a cimeira russo-americana no Alasca", disse o Kremlin num comunicado sobre a conversa com Erdogan.
"Em princípio, [as propostas norte-americanas] poderiam lançar as bases para um acordo pacífico definitivo", acrescentou a presidência russa.
Quanto ao plano modificado por ucranianos e europeus após negociações em Genebra com a participação de representantes dos Estados Unidos, o Kremlin garantiu hoje que ainda não viu a nova versão do documento.
"Não vimos nenhum plano. (...) De momento, não recebemos nada oficial", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, na conferência de imprensa telefónica diária, citado pela EFE.
Na viagem de regresso da cimeira do G20 na África do Sul, durante a madrugada, Erdogan admitiu aos jornalistas que o acompanhavam que o plano de Trump poderá ser uma base para alcançar um acordo.
Ressalvou, no entanto, que um acordo só é possível "se o plano cumprir as expectativas legítimas e as necessidades de segurança de ambos os lados, sem criar novas instabilidades".
O plano de Trump, que foi divulgado a meios de comunicação norte-americanos, inclui linhas vermelhas para Kyiv, como a redução do exército para um máximo de 600.000 efetivos ou a cedência à Rússia de territórios que não foram conquistados militarmente por Moscovo.
Vários dirigentes europeus consideraram o plano como uma base para negociar, mas defenderam que necessita de modificações ou, em todo o caso, de mais elaboração.
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