Espanha: Professor violador que passou por Portugal detido em Cuba
- 26/11/2025
O professor de música que foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão por ter abusado sexualmente de uma aluna de 12 anos, em Ourense, em Espanha, foi detido em Havana, em Cuba, segundo anunciou a Polícia Nacional espanhola, na segunda-feira. Martiño Ramos Soto, de 50 anos, tinha sido incluído na lista ontem divulgada pelas autoridades espanholas, que dava conta dos 10 criminosos mais procurados naquele país.
“As autoridades de Cuba informaram esta tarde a Polícia Nacional que o fugitivo Martiño Ramos, da lista dos mais procurados, foi detido com o apoio do Ministério do Interior. [Pendia sobre ele] um mandado de detenção internacional por agressão sexual agravada a uma menor de idade”, adiantaram as autoridades, na rede social X (Twitter).
O homem terá sido detido já há alguns dias pela Polícia Nacional Revolucionária (PNR), que estava a monitorizar os seus movimentos há vários meses, noticiou a agência EFE.
O mesmo meio apontou que os dois países pretendem facilitar a extradição do agressor para Espanha, ainda que não exista, para já, um acordo em vigor.
Las autoridades de #Cuba han informado esta tarde a @policia que el prófugo, de la lista de #LosMásBuscados, Martiño Ramos ha sido detenido con el apoyo de la Consejería de Interior
— Policía Nacional (@policia) November 24, 2025
Tenía una Orden Internacional de #Detención por agresión sexual agravada a una menor de edad pic.twitter.com/wm8VGGANyP
Recorde-se que Martiño Ramos Soto deixou Espanha em julho, antes de a sua sentença ter sido proferida. Conseguiu, por isso, entrar em Portugal por via terrestre, com o seu próprio passaporte, tendo em conta a ausência de controlos fronteiriços no Espaço Schengen, noticiou o El País.
O foragido voou para o Brasil e, depois, seguiu para o Peru. Finalmente, chegou a Havana, em Cuba. A sua presença na ilha veio à tona 12 dias após a sua condenação, no início de agosto, graças a uma conta da rede social Instagram com o nome Martín Soto. Aí, o homem fez 51 publicações, tendo dado conta de que trabalhava como fotógrafo na ilha há quatro meses.
¿Reconoces a alguno de los #fugitivos más buscados del país?
— Policía Nacional (@policia) November 24, 2025
La @policia pide tu colaboración para localizar a prófugos por delitos graves
Envíanos cualquier pista (con total confidencialidad) ⤵️
losmasbuscados@policia.es#losmásbuscados#colaboraciónciudadana pic.twitter.com/vVK92J18PX
Soto foi professor de música da vítima desde os três anos da menor, numa escola pública. Quando a menina estava no sexto ano, o homem contactou-a pelo Instagram, mas fingiu ser uma criança. Como estava a par dos problemas familiares da menor, o docente aproveitou-se da sua vulnerabilidade para se apresentar como uma figura de apoio.
Depois de lhe ter revelado estar por detrás do perfil, a menina relatou, em 2021, como o homem a manipulou, agrediu e violou, o que a levou à automutilação. A menor esteve, inclusive, internada devido aos problemas psiquiátricos de que padeceu.
As autoridades apuraram também que o professor contactou outros alunos da mesma escola, através da mesma conta.
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