Estudantes que exigiram justiça após incêndio em Hong Kong suspensos
- 05/12/2025
O incêndio, que devastou um complexo habitacional no distrito de Tai Po no final de novembro, é considerado o mais mortífero ocorrido num edifício residencial em todo o mundo desde 1980.
Em solidariedade com as vítimas, foi afixada no campus uma mensagem, não assinada, no mural gerido pela associação, conhecido como 'muro da democracia', com o texto: "Somos de Hong Kong. Exortamos o Governo a responder às reivindicações para que se faça justiça".
Na quarta-feira, o acesso ao mural foi bloqueado com barricadas, segundo constatou um jornalista da agência de notícias France Presse.
A universidade anunciou posteriormente a suspensão das atividades da associação e o controlo direto das suas instalações, alegando falta de representatividade e má gestão financeira, de acordo com uma carta divulgada nas redes sociais pela própria associação.
A associação classificou estas justificações como "infundadas e arbitrárias" e afirmou suspeitar de "motivações ocultas por trás desta suspensão forçada".
Desde o incêndio de 26 de novembro, a imprensa local tem noticiado várias detenções de pessoas que exigiram esclarecimentos sobre as causas da tragédia, incluindo a de Miles Kwan, um estudante de 24 anos que lançou com outros uma petição 'online', retirada já depois de ter atraído o apoio de 10 mil cibernautas.
As associações estudantis de Hong Kong, que tiveram um papel ativo durante os protestos pró-democracia de 2019, viram-se enfraquecidas ou dissolvidas após a entrada em vigor, em 2020, da lei de segurança nacional imposta por Pequim, que, segundo os críticos, tem sido usada para silenciar a dissidência política.
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