EUA admitem "algumas alterações" ao plano de paz após "reunião produtiva"
- 24/11/2025
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, admitiu este domingo que o plano de paz para acabar com a guerra na Ucrânia irá sofrer "algumas alterações", após uma reunião com a delegação ucraniana, em Genebra, na Suíça.
"Temos um excelente produto final, que já foi construído com base nas contribuições de todas as partes envolvidas, e conseguimos analisar alguns destes itens agora, ponto por ponto. E penso que fizemos bons progressos", disse aos jornalistas, citado pela Sky News.
"As nossas equipas já estão a trabalhar em algumas das sugestões que nos foram apresentadas, por isso estamos a analisar e a fazer algumas alterações na esperança de reduzir ainda mais as diferenças e chegar a um acordo que seja aceitável tanto para a Ucrânia como, obviamente, para os Estados Unidos", acrescentou.
Rubio frisou que as reuniões de hoje com a delegação ucraniana - liderada por Andriy Yermak - foram as mais "produtivas e significativas" do processo de paz até agora.
"Penso que esta foi uma reunião muito, muito significativa, diria eu, provavelmente a melhor reunião e o melhor dia que tivemos até agora em todo este processo, desde que assumimos funções pela primeira vez em janeiro", afirmou.
Ainda assim, sublinhou que qualquer alteração ao plano precisará da aprovação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas mostrou-se "tranquilo" em relação a isso.
Também na conferência de imprensa, Andriy Yermak reconheceu que a reunião foi "muito produtiva".
"Estamos a progredir muito bem e a avançar para uma paz justa e duradoura. O povo ucraniano merece e deseja esta paz mais do que nunca", destacou.
Sublinhe-se que os Estados Unidos elaboraram, na semana passada, um plano para pôr fim à guerra na Ucrânia, sem, contudo, consultar Kyiv ou a União Europeia (UE).
O plano de paz elaborado por Washington tem 28 pontos e corresponde às principais exigências russas, propondo que Kyiv limite o seu exército a um máximo de 600.000 soldados após a guerra, descarte a adesão à NATO e se retire do território que ainda controla no leste do país, na região de Donbass, que se tornaria uma zona desmilitarizada após o conflito e seria reconhecida de facto como russa.
Vários líderes mundiais, incluindo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, assinaram um comunicado afirmando que o plano de Trump é um rascunho sobre o qual trabalhar e no qual defendem que as fronteiras não podem ser alteradas pela força.
Os subscritores do comunicado alertam que a limitação do tamanho do exército ucraniano deixaria o país vulnerável a futuros ataques.
Também assinaram esse documento líderes como o presidente da França, Emmanuel Macron, o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, e os primeiros-ministros do Canadá, Mark Carney, da Itália, Giorgia Meloni, do Japão, Sanae Takaichi, e do Reino Unido, Keir Starmer.
Este domingo, vários líderes europeus participam em Genebra nas negociações com autoridades ucranianas e norte-americanas. A União Europeia é representada, nomeadamente, pelo braço direito de Ursula von der Leyen, Bjoern Seibert.
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