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EUA impõem sanções a familiares de Maduro envolvidos em rede de "narcocorrupção"
- 20/12/2025
A medida, anunciada pelo Gabinete de Controlo de Ativos Estrangeiros (OFAC), visa especificamente membros da família direta de Carlos Erik Malpica Flores - sobrinho da primeira-dama venezuelana Cilia Flores - e indivíduos próximos do empresário panamiano Ramón Carretero Napolitano, ambos ligados a transações financeiras com o governo de Maduro.
Entre os familiares de Malpica Flores estão a mãe (e irmã da primeira-dama) Eloisa Flores de Malpica, o pai Carlos Evelio Malpica Torrealba, e a irmã Iriamni Malpica Flores.
Estão também incluídos a sua esposa, Damaris del Carmen Hurtado Pérez, e a sua filha adulta, Erica Patricia Malpica Hurtado.
No total, Washington sancionou sete indivíduos, acusados de serem responsáveis ou cúmplices de "transações corruptas" dentro do governo venezuelano ou envolvendo projetos públicos, de acordo com um comunicado da OFAC.
Esta medida proíbe indivíduos ou empresas norte-americanas de realizarem transações com os indivíduos sancionados e congela quaisquer bens ou propriedades que possam ter no país.
Washington intensificou as suas ações esta semana contra a "narcoditadura" de Maduro, que acusa de liderar o Cartel dos Sóis, acusação que Caracas nega.
A pressão sobre Nicolás Maduro foi intensificada com um extenso destacamento militarnas Caraíbas, o maior das últimas décadas.
Na terça-feira, Trump anunciou nas redes sociais que Washington bloquearia a entrada ou saída de todos os petroleiros sancionados da Venezuela e acusou o Governo de Caracas de roubar campos petrolíferos e ativos norte-americanos, numa alusão às expropriações realizadas durante os mandatos de Hugo Chávez.
O executivo venezuelano de Maduro está sob aviso de que os Estados Unidos iriam em breve iniciar ataques contra alvos terrestres.
Trump insistiu na quinta-feira que não precisa de autorização do Congresso para bombardear alvos relacionados com tráfico de droga em território venezuelano, admitindo porém partilhar previamente informações com os representantes.
As Forças Armadas norte-americanas anunciaram hoje a destruição de mais duas embarcações suspeitas de narcotráfico em águas internacionais do Pacífico Oriental, matando cinco tripulantes.
Os dois ataques ocorreram na quinta-feira, sob ordens do secretário da Defesa, Pete Hegseth, no âmbito da Operação "Lança do Sul", a operação anti narcotráfico do governo de Donald Trump nas Caraíbas e no Pacífico, informou o Comando Sul nas redes sociais.
"Os dados dos serviços de informações confirmaram que as embarcações estavam a navegar por rotas conhecidas de narcotráfico no Pacífico Oriental e estavam envolvidas em operações de tráfico de droga", especificou o comando militar.
Com este último ataque, o número de embarcações destruídas subiu para mais de trinta, e pelo menos uma centena de pessoas foram mortas, no âmbito da campanha lançada por Trump em agosto.
O escrutínio no Congresso norte-americano sobre a legalidade das ações militares contra estes alegados barcos de tráfico de droga tem vindo a aumentar, após o polémico ataque que matou dois sobreviventes de um bombardeamento a 02 de setembro nas Caraíbas, que os especialistas consideram um possível crime.
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