EUA preparam resolução para ONU autorizar força internacional em Gaza
- 26/10/2025
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, indicou que irá ser abordada a questão no domingo, numa reunião no Qatar.
"Muitos dos países que manifestaram a sua intenção de participar, seja economicamente, com pessoal ou ambos, vão precisar disso (uma resolução da ONU) porque as suas leis nacionais assim o exigem, por isso temos uma equipa inteira a trabalhar nisso", disse durante a sua viagem entre Israel e o Qatar, segundo o jornal israelita The Times of Israel.
"Penso que, em última análise, o objetivo da força de estabilização é deslocar essa linha até cobrir, esperemos, toda a Faixa de Gaza, o que significa que toda a Faixa de Gaza será desmilitarizada" disse Rubio aos jornalistas no avião que o levava de Israel para o Qatar.
Por outro lado, o porta-voz do Departamento de Estado, Tommy Pigott, informou que Rubio falou por telefone com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e discutiram "as medidas coletivas para aplicar o Plano Integral para Acabar com o Conflito em Gaza do presidente Donald Trump" e reafirmou a "relação estratégica entre os Estados Unidos e Israel".
"Penso que, em última análise, o objetivo da força de estabilização é deslocar a linha até cobrir, esperemos, toda a Faixa de Gaza, o que significa que toda a Faixa de Gaza será desmilitarizada" disse Rubio aos jornalistas no avião que o levava de Israel para o Qatar.
Israel destacou que Netanyahu e Rubio discutiram a viagem do político norte-americano a Israel, sendo o primeiro-ministro israelita agradeceu a Rubio pelo seu apoio e convidou-o a voltar a visitar o país.
Ambos expressaram o seu compromisso de continuar com a "estreita cooperação e promover os interesses e valores comuns que unem os Estados Unidos e Israel, em primeiro e mais importante lugar, o retorno dos corpos de reféns mortos, bem como o desarmamento do Hamas e a desmilitarização da Faixa de Gaza".
O chefe da diplomacia americana foi o último de uma série de altos funcionários americanos a visitar Israel esta semana, depois do enviado Steve Witkoff, do genro do presidente Donald Trump, Jared Kushner, e do vice-presidente JD Vance, para tentar consolidar o frágil cessar-fogo.
Nos termos deste acordo, paralelamente à retirada progressiva do exército israelita, iniciada com a entrada em vigor do cessar-fogo a 10 de outubro, o plano americano prevê que o Hamas seja excluído da futura governação da Faixa de Gaza, onde tomou o poder pela força em 2007, e que o seu arsenal seja destruído.
Israel e Hamas anunciaram no dia oito de outubro um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, primeira fase de um plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após negociações indiretas mediadas pelo Egipto, Qatar, Estados Unidos e Turquia.
Esta fase da trégua envolve a retirada parcial do Exército israelita para a denominada "linha amarela" demarcada pelos Estados Unidos, linha divisória entre Israel e Gaza, a libertação de 20 reféns em posse do Hamas e de 1.950 presos palestinianos.
O cessar-fogo visa por fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.
A retaliação de Israel já provocou mais de 68 mil mortos e cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), que a ONU considera credíveis.
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