Exigência da China bloqueia venda de portos no Panamá à BlackRock

  • 17/12/2025

Segundo fontes citadas pelo jornal, o Governo chinês protestou inicialmente contra o acordo e exigiu depois que a Cosco integrasse o consórcio em condições de igualdade. Agora, exige que a transportadora marítima chinesa tenha uma fatia superior à da BlackRock ou da suíça MSC, ameaçando vetar a operação caso essa condição não seja satisfeita.

 

"As negociações estão num impasse aparentemente irresolúvel", indicaram as fontes consultadas pelo WSJ.

A Casa Branca considera "inaceitável" qualquer "controlo chinês" sobre o Canal do Panamá, alegando que tal representa um risco para a segurança nacional e económica dos Estados Unidos.

Por sua vez, um alto responsável chinês afirmou que Pequim quer incluir o controlo destes portos nas negociações comerciais em curso com Washington.

O acordo inicial, anunciado em março, previa a venda de mais de 40 terminais portuários operados pela CK Hutchison, de Hong Kong, em todo o mundo - incluindo os portos panamenhos de Balboa (no Pacífico) e Cristóbal (no Atlântico) - ao consórcio liderado pela BlackRock, por um montante estimado em 23 mil milhões de dólares (19,6 mil milhões de euros).

A operação foi anunciada semanas depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticar a crescente influência chinesa sobre o Canal e ameaçar assumir o controlo da infraestrutura estratégica, por onde circula mais de 40% do tráfego de contentores entre os EUA e a Ásia.

De acordo com o WSJ, Pequim poderá exercer influência direta sobre as empresas envolvidas: tanto a BlackRock como a CK Hutchison têm negócios relevantes na China, e a MSC é uma das principais transportadoras marítimas de exportações chinesas a nível global.

Esta não é a primeira vez que a China bloqueia acordos no setor. Em 2014, Pequim travou uma aliança entre a MSC, a dinamarquesa Maersk e a francesa CMA CGM, alegando que os interesses comerciais chineses seriam prejudicados.

Segundo informações divulgadas em meados do ano pela agência Bloomberg, a Cosco já tinha exigido poder de veto sobre qualquer decisão que contrariasse os interesses da China como condição para integrar o consórcio.

O negócio tornou-se mais um ponto de tensão nas atribuladas relações entre Pequim e Washington. Trump descreveu o acordo como uma "recuperação" do controlo norte-americano sobre o Canal, enquanto a imprensa estatal chinesa o comparou a "entregar uma faca ao inimigo".

Leia Também: Zelensky discute reconstrução com representantes dos Estados Unidos

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2905624/exigencia-da-china-bloqueia-venda-de-portos-no-panama-a-blackrock#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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