Ex-presidente peruano Martín Vizcarra condenado a 14 anos de prisão

  • 27/11/2025

A juíza Fernanda Ayasta, presidente do Quarto Tribunal Penal Nacional Colegial, declarou provado que Vizcarra propôs e recebeu um suborno de um milhão de soles (260 mil euros) da empresa Obrainsa em troca da concessão do projeto de irrigação agrícola de Lomas de Ilo, em 2013.

 

Vizcarra recebeu também mais de 1,3 milhões de soles (310 mil euros) em dinheiro da empresa ICCGSA para realizar melhorias no Hospital de Moquegua, de acordo com os depoimentos de testemunhas chamadas pela procuradoria, cujos testemunhos, segundo o tribunal, foram comprovados.

A juíza enfatizou que Vizcarra cometeu "atos ilícitos" ao aproveitar a sua posição de governador regional, concedendo os contratos "em troca de dinheiro".

Além da pena de 14 anos de prisão, a cumprir de imediato, o tribunal impôs uma proibição de nove anos de exercer cargos públicos e uma multa de 94.900 soles (24.320 euros).

Embora a acusação tivesse pedido uma pena de 15 anos de prisão para Vizcarra, o tribunal considerou a ausência de antecedentes criminais do ex-presidente um fator atenuante.

Minutos depois de ouvir a sentença, ainda em tribunal, Vizcarra partilhou uma mensagem na sua conta nas redes sociais na qual afirmou ter sido condenado "por enfrentar o pacto mafioso" que domina o Congresso (Parlamento), um grupo de forças conservadoras que o destituiu em 2020, quando vieram a público indícios de corrupção.

O ex-presidente atribuiu a condenação a uma vingança por ter dissolvido o Congresso em 2019, quando este obstruía as suas reformas.

"Isto não é justiça, é vingança. Mas não me vão quebrar. A resposta está nas urnas", acrescentou o ex-presidente, que pediu aos eleitores para apoiarem o seu irmão Mario, que o substituirá como candidato presidencial nas eleições de 2026.

O juiz Ayasta declarou que ficou provado que Vizcarra possuía as informações necessárias para favorecer a empresa Obrainsa na concessão do projeto agrícola Lomas de Ilo e que contactou o ex-diretor-geral da empresa, Elard Tejeda, em 2013, para propor um suborno de um milhão de soles e o aluguer de um pequeno avião.

No caso do consórcio do hospital de Moquegua, gerido pela ICCGSA, foram utilizados contratos fictícios para movimentar mais de 1,3 milhões de soles, dinheiro que foi desembolsado sob o pretexto de pagamento a uma empresa externa, indicou o tribunal.

Os pagamentos ao arguido foram feitos em dinheiro vivo, através do ex-ministro José Manuel Hernández, colaborador próximo do ex-presidente, na casa de Vizcarra em Lima, incluindo um saldo adicional de 200 mil soles (51 mil euros) quando já era chefe de Estado (2018-2020).

Leia Também: Maduro exibe espada de Simón Bolívar em marcha contra o "imperialismo"

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2895333/ex-presidente-peruano-martin-vizcarra-condenado-a-14-anos-de-prisao#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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