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Filmes como 'Divertida-Mente' levam jovens a falar de saúde mental
- 28/08/2025
O aumento de filmes, especialmente animados, a abordar temas sobre a saúde mental, tem contribuído para que um número cada vez maior de raparigas se sinta mais à vontade para falar dos seus sentimentos e emoções.
Segundo um estudo realizado pelos cinemas Odeon e pela Girlguiding, as representações ficcionais sobre saúde mental fez com que 33% das raparigas compreendessem melhor a sua própria experiência e as levassem a procurar apoio. O estudo, que engloba meninas dos 11 aos 18 anos, refere que pelo menos 6% se identifica com muitas das cenas contempladas nos filmes.
Contudo, segundo o The Independent, embora 80% das inquiridas tenha concordado que as séries e filmes estão a ajudar a mudar o estigma em torno do tema, apenas 49% acha que a forma como a saúde mental é abordada corresponde à realidade dos factos.
Como é que as séries ajudam
Katia, de 18 anos, por exemplo, partilhou que a série dramática da BBC ‘A Kind of Spark’, ajudou-a a mostrar aos outros a forma como muitas vezes se sentia por ser uma jovem com autismo e com problemas de saúde mental.
“Ajudou-me a contar a minha experiência a outras pessoas que talvez não conseguissem compreendê-la da mesma forma que eu. Posso mostrar aos meus pais uma imagem e dizer: ‘Ok, é isto que estou a sentir’.”
Já Staci, de 21 anos, conta que um programa sobre anorexia levou-a a identificar sinais numa amiga que até então lhe tinham passado despercebidos. Isso ajudou-a a apoiar a amiga na luta contra a doença.
Produções mais elogiadas
Alguns dos filmes mais elogiados são o 'Divertida-Mente', filme animado da Pixar, que acompanha uma série de personagens que se baseiam em emoções como a Alegria, a Raiva, o Nojo ou a Ansiedade.
Outros filmes programas são ‘As Vantagens de Ser Invisível’ (2012), ‘Big Mood’ (2024), ou ‘Tudo Agora’ (2023).
Segundo o The Independent, durante apresentação dos resultados deste estudo, o painel de investigadores e inquiridos enfatizou a importância da representatividade, sendo os cinemas um dos últimos refúgios longe das redes sociais e dos telemóveis.
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