Forças da ONU no Líbano acusam Israel de alvejar soldados internacionais

  • 12/12/2025

"As forças de manutenção da paz em veículos que patrulhavam a Linha Azul foram alvejadas por soldados das Forças de Defesa de Israel (FDI) num tanque Merkava perto de Sarda", relatou a FINUL em comunicado.

 

Segundo a força da ONU, "uma rajada de dez tiros de metralhadora foi disparada acima da caravana, e outras quatro rajadas de dez tiros foram disparadas nas proximidades", sem o registo de feridos.

Tanto as forças de manutenção da paz como o tanque das FDI estavam em território libanês no momento do ataque, prosseguiu o comunicado da FINUL, que disse ter acionado os canais de ligação com os militares israelitas para que cessassem os disparos.

"As FDI tinham sido informadas com antecedência sobre a localização e o horário da patrulha, seguindo a prática habitual para as patrulhas em áreas sensíveis junto à Linha Azul", acrescentou a FINUL, referindo-se à área de demarcação desmilitarizada entre o Líbano e Israel.

A FINUL destacou ainda que os ataques contra os seus militares constituem "violações graves" da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que regula a sua presença no Líbano, e apelou ao exército israelita para que ponha fim aos seus "comportamentos agressivos" num período que considera "extremamente delicado".

As forças israelitas ainda não se pronunciaram sobre este incidente, que se soma a outros casos semelhantes verificados nos últimos meses, em que alegaram não haver intenção deliberada de alvejar os militares da ONU.

No mês passado, a FINUL apontou mais de dez mil violações ao cessar-fogo em vigor no Líbano desde novembro de 2024, destinado a suspender as hostilidades entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah.

O mandato da missão da ONU apenas inclui o registo de violações dentro da sua área de operações, que se estende do rio Litani até à linha divisória, sem contabilizar os ataques que Israel realizou com frequência noutras regiões do país

Mais recentemente, a força das Nações Unidas criticou Israel pela construção de muros em território libanês perto da fronteira, o que mereceu uma queixa de Beirute ao Conselho de Segurança da ONU.

O exército israelita rejeitou as acusações, reconhecendo, no entanto, que está a erguer uma barreira de reforço ao longo da linha de demarcação com o Líbano.

Israel tem justificado os seus ataques com a tentativa de evitar que o Hezbollah recupere as suas capacidades militares e volte a representar uma ameaça para a sua segurança.

O Hezbollah integra o chamado eixo da resistência apoiado pelo Irão e envolveu-se em hostilidades militares com Israel, logo após o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, em apoio do aliado palestiniano Hamas.

Após quase um ano de troca de tiros ao longo da fronteira israelo-libanesa, Israel lançou uma forte campanha aérea no verão do ano passado, que decapitou a direção do movimento xiita, incluindo o seu líder histórico, Hassan Nasrallah, e vários outros responsáveis da hierarquia política e militar do Hezbollah.

Desde o cessar-fogo, o Estado libanês tem procurado concentrar todo o armamento do país nas mãos das forças de segurança oficiais e deslocou efetivos para a zona da fronteira com Israel, tradicionalmente um reduto do Hezbollah e onde as tropas israelitas ainda mantêm posições militares.

A FINUL termina o mandato em 2026, depois de quase cinco décadas no terreno.

Leia Também: Líbano apresenta queixa na ONU sobre muros israelitas no sul do país

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2902489/forcas-da-onu-no-libano-acusam-israel-de-alvejar-soldados-internacionais#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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