Fundação humanitária apoiada por Israel pronta para retomar operação
- 26/10/2025
A organização, cujo financiamento é opaco, tem sido fortemente criticada pela ONU e por organizações não governamentais (ONG) humanitárias internacionais desde a sua implantação em maio no território palestino.
As suas operações foram manchadas pela morte de mais de 1.000 pessoas nas proximidades dos seus locais, de acordo com o gabinete de direitos humanos da ONU.
"A GHF foi solicitada a suspender as suas operações durante a fase de libertação dos reféns, que ainda está em curso", indicou por 'e-mail' o porta-voz da organização, Chapin Fay.
"Embora a situação continue instável no terreno, a GHF recebeu instruções para se manter pronta para retomar as suas atividades e, em particular, para não tomar nenhuma medida que impeça de retomar imediatamente as nossas operações", acrescentou.
A GHF garante que dispõe de "camiões carregados com ajuda humanitária e prontos para retomar a distribuição direta de ajuda ao povo palestiniano".
O plano de Trump, que serviu de base para o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, prevê a entrada de 600 camiões por dia. Na quinta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) garantiu que, atualmente, apenas 200 a 300 camiões entram diariamente.
A GHF, com sede oficial nos Estados Unidos, iniciou as suas operações no final de maio, após quase três meses de bloqueio humanitário total imposto por Israel, afastando o sistema de ajuda implementado pela ONU.
A organização privada afirmou ter-se tornado o principal fornecedor de ajuda, mas as outras organizações recusam-se a trabalhar com ela.
A GHF dispunha de quatro centros de distribuição na Faixa de Gaza, enquanto o sistema da ONU que substituiu tinha 400.
Após a libertação dos reféns ainda detidos em Gaza, repatriados para Israel a 13 de outubro, a GHF indicou à AFP que "apenas o local "SDS4", para local de distribuição seguro, situado em Khan Younes, foi desmantelado".
Em agosto, os chamados relatores especiais das Nações Unidas apelaram à dissolução imediata da GHF, afirmando que a ajuda que esta distribui é "explorada para fins militares e geopolíticos secretos".
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