Gaza? EUA propõem ao Conselho de Segurança da ONU força de estabilização
- 05/11/2025
Esta proposta marcaria, assim, o próximo passo no plano do Presidente dos EUA, Donald Trump, para pôr fim a dois anos de guerra entre Israel e o Hamas.
O projeto, confirmado à Associated Press por dois responsáveis norte-americanos, é um modelo inicial de base para o que seriam provavelmente extensas negociações entre os membros do conselho com 15 membros e outros parceiros internacionais.
Aquelas fontes, que falaram sob condição de anonimato devido à sensibilidade da situação, disseram que o projeto está a ser discutido e alterado com base nessas discussões.
Países árabes e outros que manifestaram interesse em participar na força de estabilização indicaram que o apoio da ONU ao plano é necessário para os convencer a contribuir com tropas.
Um dos responsáveis disse que o documento ainda não tinha sido formalmente distribuído aos outros membros do Conselho de Segurança da ONU e tinha sido preparado como ponto de partida para encontrar um consenso que possibilitasse à força de estabilização e aos países participantes um mandato internacional.
A China e a Rússia --- dois dos membros permanentes do conselho --- ainda não tinham visto o documento até hoje e, provavelmente, serão a maior oposição aos EUA na tentativa de aprovar uma resolução, sem que qualquer um desses países a vete.
O projeto de resolução pede que a força assegure "o processo de desmilitarização da Faixa de Gaza" e "o desarmamento permanente de armas de grupos armados não estatais".
Uma grande questão no plano, de 20 etapas, de Trump para um cessar-fogo e reconstrução do território é a forma de desarmar o Hamas, que ainda não aceitou totalmente essa medida.
O projeto daria aos países que participam da força de estabilização um amplo mandato para fornecer segurança em Gaza até ao final de 2027, trabalhando com um ainda não estabelecido "Conselho da Paz", que governaria temporariamente o território.
O projeto de resolução pede que a força consulte e coopere de perto com o Egito e Israel. O texto também afirma que as tropas de estabilização ajudariam a assegurar as áreas fronteiriças, juntamente com uma força policial palestiniana, que treinaram e avaliaram, bem como coordenar com outros países para garantir o fluxo de ajuda humanitária.
O rascunho proposto para o Conselho de Segurança da ONU enfatiza a "total retoma" da ajuda humanitária a Gaza por parte das Nações Unidas, da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, garantindo que esses bens essenciais não sejam desviados.
Hamish Falconer, ministro britânico para o Médio Oriente e Norte de África, disse recentemente à AP que o foco do Reino Unido é garantir que o frágil cessar-fogo se mantenha e que a ajuda reforçada continue a fluir.
O ministro afirmou que muitas questões rodeiam a segunda fase do plano de Trump e que a implementação da primeira fase ainda não foi concluída.
Falconer disse que é importante que qualquer força de estabilização em Gaza esteja "sustentada por um mandato do Conselho de Segurança."
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