Hamas condena "anexação progressiva" da Cisjordânia com 19 colonatos

  • 22/12/2025

"Representa um novo passo colonial que consolida a política de anexação progressiva e procura saquear o território palestiniano e impor medidas coercivas em detrimento dos direitos históricos e legais do nosso povo", afirmou Harun Nassereddine, membro do gabinete político do Hamas, em comunicado.

 

O dirigente do Hamas, que controla as autoridades da Faixa de Gaza, considerou que "as práticas da ocupação e dos seus colonos criminosos" revelam a insistência do Governo israelita em expandir os colonatos como um "instrumento fundamental para a deslocação" de palestianos.

A expansão de colonatos foi aprovada hoje pelo Gabinete de Segurança de Israel por proposta do ministro das Finanças, o ultrarradical nacionalista Bezalel Smotrich, e do ministro da Defesa, Israel Katz.

Com esta decisão, o número total de colonatos, ilegais segundo o direito internacional e reconhecidos durante o mandato de Smotrich, sobe para 69.

"Estamos a impedir o estabelecimento de um Estado terrorista palestiniano no terreno", declarou o ministro ultrarradical em comunicado, acrescentando que entre estes novos colonatos estão Ganim e Kadim, a oeste da cidade palestiniana de Jenin, que foram desmantelados em 2005.

Em maio, o exército israelita autorizou o regresso de cidadãos israelitas aos colonatos de Sanur, Ganim e Kadim, nos quais estavam proibidos de entrar desde então.

Esta decisão foi tomada em retaliação depois de três países --- Espanha, Noruega e Irlanda --- terem anunciado o reconhecimento formal do Estado da Palestina.

Em setembro, outra dezena de países ocidentais, incluindo potências como Reino Unido e França e também Portugal, também reconheceram o Estado da Palestina, levando à ameaça da ala radical do Governo israelita de anexar a quase totalidade da Cisjordânia, que é parcialmente controlada pela Autoridade Palestiniana.

Estima-se que mais de 500 mil colonos judeus residam atualmente na Cisjordânia, ocupada por Israel desde a guerra de 1967, e outros 200 mil vivam em Jerusalém Oriental, anexada por Israel.

O Hamas declarou hoje no seu comunicado que os colonatos e as incursões em Jerusalém Oriental "são duas faces da mesma moeda, uma política de agressão e judaização", e instou a comunidade internacional a assumir as suas "responsabilidades legais e morais, a tomar medidas imediatas e práticas para travar os colonatos e proteger os locais sagrados".

O Hamas e Israel aceitaram um cessar-fogo na Faixa de Gaza, em vigor desde 10 de outubro, mas ainda não acordaram as próximas etapas do plano de paz proposto pelos Estados Unidos, que preveem o desarmamento dos islamitas palestinianos e o recuo das tropas israelitas no enclave.

Um projeto de anexação da Cisjordânia está a ser apreciado no parlamento israelita, levando os Estados Unidos, em outubro, a ameaçar retirar o apoio a Telavive se esta iniciativa for levada para diante.

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelos ataques do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, a violência explodiu na Cisjordânia entre exército israelita, colonos judeus e a população palestiniana.

As Nações Unidas registaram mais de mil palestinianos mortos desde então em ataques atribuídos aos militares israelitas ou a colonos radicais armados.

Leia Também: Israel aprova a instalação de mais 19 colonatos na Cisjordânia

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2908075/hamas-condena-anexacao-progressiva-da-cisjordania-com-19-colonatos#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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