Hamas convoca "marchas de indignação" globais contra Israel
- 18/09/2025
Num comunicado citado pelo jornal palestiniano Filastin, o movimento islamita defendeu que as manifestações devem ser "um grito perante o silêncio e a impotência internacional" e uma "voz unificada para travar a agressão, abrir as passagens de fronteira e romper o cerco" imposto ao enclave.
O Hamas sublinhou que as mobilizações devem incluir protestos em cidades de todo o mundo, nomeadamente junto às embaixadas de Israel e dos Estados Unidos, como forma de rejeitar "o apoio dos EUA à ocupação e a cumplicidade internacional".
O movimento considerado terrorista pelos Estados Unidos e União Europeia apelou ainda à mobilização de "todos os meios de apoio" à flotilha internacional que se dirige para Gaza, elogiando "o seu papel humanitário" e exigindo que seja garantida a sua proteção, depois de ataques contra dois navios atracados na Tunísia nos últimos dias.
Segundo o Hamas, as marchas pretendem denunciar o "genocídio, a fome e a destruição de torres residenciais" em Gaza, bem como os bombardeamentos constantes e a deslocação forçada da população.
O grupo instou a que estas ações continuem "até ao fim da ofensiva" e à abertura das passagens para a entrada de ajuda humanitária.
A ofensiva israelita, lançada após os ataques de 7 de outubro de 2023, já provocou mais de 65.100 mortos palestinianos, de acordo com as autoridades do enclave controladas pelo Hamas, quando crescem denúncias internacionais sobre o bloqueio à ajuda humanitária.
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