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Hamas quer pressão sobre Israel para reconstruir em vez de matar
- 21/12/2025
"Continuamos a pedir aos mediadores que tomem medidas sérias para travar estas violações e pressionar a ocupação [Israel] a iniciar um verdadeiro processo de reconstrução de Gaza", afirmou o porta-voz do Hamas.
Hazem Qasem aludiu a um "contínuo massacre de civis, seja pelo desabamento de edifícios bombardeados, pela inundação de tendas ou pela morte por frio", segundo o comunicado citado pela agência de notícias espanhola EFE.
Denunciou também "ataques diários" contra palestinianos, como o que matou hoje três pessoas no bairro de Shujaiya, na cidade de Gaza.
"Estas violações israelitas ocorrem num momento em que várias partes falam em estabilizar o cessar-fogo e avançar para a segunda fase do acordo para interromper a guerra em Gaza, o que reflete uma clara vontade israelita de continuar a agressão", acrescentou.
Segundo dados do governo do Hamas, 406 pessoas morreram e mais de 1.100 ficaram feridas desde o início do cessar-fogo na Faixa de Gaza, em vigor desde 10 de outubro.
Israel tem justificado que ataca palestinianos considerados como uma ameaça para as suas tropas, que ainda controlam 54% da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas desde 2007.
Representantes dos Estados Unidos, Egito, Qatar e Turquia falaram na sexta-feira, na cidade norte-americana de Miami, sobre a segunda fase do plano para Gaza, disse no sábado o enviado especial norte-americano para o Médio Oriente, Steve Witkoff.
Os representantes dos quatro países examinaram a primeira fase do cessar-fogo que, segundo Witkoff, "produziu avanços", como o aumento da entrada de ajuda humanitária ou a devolução de cadáveres de reféns, à exceção de um.
Nas discussões sobre a segunda fase, destacaram a necessidade de viabilizar um órgão de governo em Gaza "sob uma autoridade unificada" para proteger os civis e manter a ordem pública, referiu Witkoff.
O cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos interrompeu a ofensiva militar israelita que se seguiu ao ataque do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.
A ofensiva israelita na Faixa de Gaza provocou mais de 70.900 mortos, segundo o governo do Hamas, e a destruição de grande parte das infraestruturas do enclave.
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