Homem que matou general em explosão em Moscovo condenado a perpétua
- 28/11/2025
Ignat Kuzin, o homem considerado culpado de matar um general do estado-maior do exército russo numa explosão em Moscovo, em abril, foi condenado a prisão perpétua, esta quinta-feira.
Em causa está a morte do general Yaroslav Moskalik, um membro de alto escalão do Estado-Maior russo, numa explosão de um carro causada por "um dispositivo explosivo improvisado", à porta de casa em Balashikha, na região de Moscovo. O crime foi tratado como um "ato terrorista".
"Ignat Vitalyevich Kuzin foi condenado à prisão perpétua, com os primeiros 10 anos a serem cumpridos em regime fechado e o restante em colónia penal de regime especial, além de uma multa de 2 milhões de rublos", anunciou o juiz do Segundo Tribunal Militar do Distrito Ocidental, citado pela agência de notícias russa TASS.
O homem, que confessou ter agido em nome dos serviços secretos da Ucrânia, foi também condenado ao pagamento de 20 milhões de rublos (cerca de 220 mil euros) à família da vítima.
Segundo a TASS, Kuzin, de 42 anos, foi considerado culpado de vários crimes, incluindo ato terrorista, associação criminosa e aquisição, armazenamento e transporte ilegal de substâncias e dispositivos explosivos.
Homem confessou ter sido recrutado por grupo ucraniano
O Comité de Investigação, responsável pelas principais investigações na Rússia, indicou que, em 2023, Kuzin foi recrutado por um "grupo ucraniano que se dedica a realizar atividades terroristas na Rússia" para "mediante pagamento" realizar um "ataque terrorista contra Yaroslav Moskalik".
Para realizar o crime, Kuzin manteve o "apartamento onde Moskaliv morava sob vigilância, em Balashikha, alugando um apartamento próximo".
Já os seus cúmplices deixaram "equipamentos de videovigilância, um detonador e um explosivo" num "esconderijo num parque florestal", que foram depois recuperados por Kuzin para construir um explosivo improvisado.
Na manhã de 25 de abril de 2025, quando Moskalik saía da entrada do seu prédio, um dispositivo explosivo improvisado colocado num carro foi detonado remotamente. Moskalik teve morte imediata.
Pouco tempo após ser detido, Kuzin "admitiu a sua culpa" e afirmou "ter sido recrutado por agentes dos serviços de segurança ucranianos, que o contactaram e lhe ofereceram uma recompensa" no total de 18.000 dólares (quase 16.000 euros).
Segundo o seu relato, o homem chegou à Rússia em setembro de 2023 antes de receber a missão de eliminar o general Yaroslav Moskalik, vice-chefe da direção operacional principal do Estado-Maior General das Forças Armadas russas.
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