Irão executa homem acusado de espiar para Israel
- 20/12/2025
Aghil Keshavarz foi "condenado por espionagem para o regime sionista [Israel], por ligações e cooperação com o referido regime e pela recolha de imagens de instalações militares e de segurança", disse a justiça de Teerão.
A sentença de morte foi executada após ser confirmada pelo Supremo Tribunal, anunciou a agência Mizan, o órgão oficial do poder judicial do país.
Esta execução eleva para 16 o número de pessoas enforcadas no Irão acusadas de espionagem a favor de Israel desde a guerra de 12 dias travada pelos dois países em junho, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
Keshavarz foi detido em maio em Urumia, no noroeste do país, quando agentes de segurança o surpreenderam a tirar fotografias do quartel-general de uma divisão de infantaria da cidade, precisou a Mizan.
Afirmou que tinha viajado para Urumia para participar num congresso científico, mas descobriu-se no telemóvel "uma mensagem proveniente de um número ligado ao regime sionista".
"Posteriormente, na busca efetuada à sua residência, foram obtidos mais documentos e provas", explicou a justiça iraniana, que descreveu Keshavarz como "um agente da Mossad".
A Mizan acrescentou que o condenado admitiu ter colaborado com a Mossad "com a intenção de prejudicar a República Islâmica e de lhe fornecer informações do país".
O Irão e Israel entraram em guerra em 13 de junho, após um ataque sem precedentes de Israel contra instalações militares e nucleares no território iraniano, bem como zonas habitadas.
O conflito durou 12 dias e os Estados Unidos participaram brevemente para atacar três importantes instalações nucleares iranianas.
Um cessar-fogo está em vigor desde 24 de junho.
O Irão acusa há muito tempo Israel, país que não reconhece, de realizar operações de sabotagem contra as instalações nucleares e de assassinar cientistas iranianos.
Teerão promulgou em outubro uma lei que endureceu as punições por espionagem a favor dos Estados Unidos e de Israel, estabelecendo a pena de morte para atos contra a segurança do país.
A lei passou a incluir penas de prisão pelo uso de serviços de satélite como a Starlink ou pela colaboração com meios de comunicação estrangeiros considerados hostis.
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