Islamitas anunciam entrega de corpo de refém
- 25/11/2025
O anúncio da previsão de entrega dos restos mortais à Cruz Vermelha Internacional foi feito pelos grupos islamitas palestinianos pouco depois de o Governo israelita ter acusado os grupos de violarem o acordo de cessar-fogo por atrasarem a entrega.
"A Força Quds e as Brigadas Qassam [braços armados dos dois grupos islamitas] vão entregar o corpo de um dos reféns israelitas, encontrado na região central da Faixa de Gaza" às 14:00 TMG (mesma hora em Lisboa), avançaram os dois movimentos, em comunicado conjunto.
Pouco antes, o Governo israelita tinha acusado a Jihad Islâmica e o Hamas de violarem o acordo de cessar-fogo ao atrasar a entrega do corpo.
"À luz do anúncio da Jihad Islâmica sobre a localização dos restos mortais de um refém falecido, Israel considera grave o atraso" na entrega imediata, afirmou o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
"Isto constitui mais uma violação do acordo. Israel exige a devolução imediata dos três reféns mortos que ainda estão detidos na Faixa de Gaza", sublinhou, referindo-se aos corpos dos israelitas Dror Or e Ran Gvirli e do tailandês Sudthisak Rinthalak.
A Jihad Islâmica, um movimento considerado como uma organização terrorista por muitos países, avançou na segunda-feira ter identificado o corpo de uma pessoa raptada no ataque do Hamas a Israel, a 07 de outubro de 2023.
Uma fonte daquele grupo, que falou sob anonimato com a agência de notícias France-Presse (AFP), confirmou que o corpo pertencia a um dos três últimos reféns mortos ainda em território palestiniano.
A última entrega do corpo de um refém pelos grupos islamitas aconteceu há quase duas semanas, apesar de o acordo de paz para Gaza prever a devolução de todos os reféns -- vivos ou mortos -- até ao meio-dia de 13 de outubro.
A etapa seguinte do acordo, ainda por negociar, implica a continuação da retirada israelita do território palestiniano, o desarmamento do Hamas, bem como a reconstrução e decisão sobre a futura governação do enclave.
A guerra em Gaza, que durou cerca de dois anos, aconteceu na sequência do ataque liderado pelo Hamas a território Israelita, no qual morreram 1.200 pessoas e 250 foram feitas reféns.
Em retaliação, Israel prometeu aniquilar o grupo islamita e bombardeou todo o território, fazendo mais de 69 mil mortos.
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