Israel confirma entrega de corpo de refém israelo-argentino
- 08/11/2025
"Após concluir o processo de identificação pelo Instituto Nacional de Medicina Legal, em cooperação com a Polícia, o exército israelita informou a família de Lior Rudaeff, que ele tinha sido repatriado para ser enterrado", indica um comunicado militar.
Com dupla nacionalidade, o israelo-argentino Lior Rudaeff foi morto a 07 de outubro de 2023 em Nir Yitzhak enquanto tentava proteger o 'kibutz' com outros quatro habitantes no dia do ataque do Hamas que desencadeou a guerra em Gaza.
Rudaeff tinha 61 anos e o seu corpo foi levado nesse dia para Gaza para servir de refém.
Num comunicado, o Governo israelita de Benjamin Netanyahu afirmou que "partilha o mais profundo pesar com a família de Rudaeff e com todas as famílias dos reféns falecidos".
"O Governo trabalha com empenho e determinação, incansavelmente, para trazer de volta os restos mortais de todos os reféns para que recebam um enterro adequado no seu país", diz o texto.
Por isso, salienta, instou o Hamas a "cumprir os compromissos assumidos com os mediadores no âmbito do acordo e devolver os seus corpos".
"Não vamos poupar esforços até que todos tenham regressado, até ao último deles", concluiu.
Por seu lado, o Governo israelita libertou cerca de 2.000 palestinianos que se encontravam nas suas prisões e entregou 225 cadáveres, em conformidade com o acordo, no meio de acusações mútuas sobre violações do cessar-fogo, incluindo o encerramento contínuo da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, para a passagem de ajuda humanitária.
O exército israelita desencadeou uma ofensiva sangrenta contra Gaza após os ataques de 07 de outubro, que até à data causaram mais de 68.800 mortos e 170.600 feridos, conforme denunciado pelas autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas, embora se tema que o número seja maior, uma vez que continuam a ser encontrados cadáveres nas zonas de onde as tropas israelitas se retiraram nos últimos dias.
Segundo o Governo israelita, o Hamas tem em seu poder cinco reféns, cinco cidadãos israelitas e um tailandês.
O Hamas tem relatado dificuldades em localizar os corpos dos reféns que permanecem no território devido à grande quantidade de escombros amontoados por dois anos de conflito e à falta de acesso a maquinaria pesada.
Israel acusa, no entanto, os islamitas de atrasarem deliberadamente a entrega destes corpos para evitar discutir o desarmamento, uma questão que deverá ser debatida com os mediadores internacionais quando as negociações para a segunda fase do acordo forem retomadas.
A trégua foi ameaçada em 28 de outubro, quando Netanyahu ordenou o bombardeamento do enclave palestiniano, no seguimento de dois incidentes com o Hamas.
A primeira fase do acordo, impulsionado pelos Estados Unidos com a mediação do Egito, Qatar e Turquia, inclui também a retirada parcial das forças israelitas do enclave e o acesso de ajuda humanitária ao território.
A etapa seguinte, ainda por acordar, prevê a continuação da retirada israelita, o desarmamento do Hamas, bem como a reconstrução e a futura governação do enclave.
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