Israel reforça venda histórica de armas à Alemanha
- 19/12/2025
Após aprovação do Bundestag, câmara baixa do parlamento alemão, os ministérios da Defesa dos dois países "assinaram a extensão do contrato para o sistema de defesa aérea e antimíssil Arrow 3, fabricado pela Israel Aerospace Industries", indicou um comunicado da tutela israelita.
A extensão do contrato, avaliado em cerca de 3,1 mil milhões de dólares (2,4 mil milhões de euros), complementa o acordo de inicial assinado há dois anos de 3,6 mil milhões de dólares (três mil milhões de euros).
A cerimónia de assinatura decorreu na Alemanha e foi presidida pelo diretor da Organização de Defesa Antimíssil de Israel (IMDO), Moshe Patel, e pela diretora-geral do Gabinete Federal Alemão para o Equipamento, Tecnologia da Informação e Suporte em Serviço da Bundeswehr (forças armas alemãs), Annette Lehnigk-Emden.
A IAI é a empresa promotora e fabricante dos sistemas de defesa antimíssil Arrow 2 e Arrow 3, que foram utilizados para intercetar mísseis balísticos lançados contra o território israelita a partir do Iémen desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, e do Irão, durante o conflito que opôs Israel e a República Islâmica em junho passado.
A Alemanha bateu um novo recorde de gastos em defesa em 2025 pelo terceiro ano consecutivo, com um investimento total de 83 mil milhões de euros, tendo a Comissão de Orçamento do Bundestag aprovado na quarta-feira cerca de trinta aquisições militares.
As novas compras incluem sistemas de defesa aérea Patriot, Arrow e IRIS-T, veículos blindados Puma e um sistema de radar por satélite SPOCK no valor de mais de 50 mil milhões de euros.
A Alemanha suspendeu em agosto as exportações de armamento suscetível de ser usado na Faixa de Gaza, após o Governo israelita ter aprovado um plano militar para assumir o controlo da principal cidade do enclave palestiniano.
No entanto, em novembro, as autoridades de Berlim anunciaram que iriam retomar a venda de equipamento militar, no seguimento do cessar-fogo que entrou em vigor no território em 10 de outubro.
O chanceler alemão, Friedrich Merz, visitou Israel no início do mês e defendeu que Berlim tem de "estar sempre" ao lado das autoridades israelitas, independentemente de quem esteja no governo.
"Este é um país que foi fundado depois do Holocausto. Isto não significa que não possamos criticar Israel", acrescentou na altura o líder alemão.
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