Itália extradita para a Alemanha ucraniano acusado de sabotar Nord Stream
- 20/11/2025
Kuznietsov, atualmente detido numa prisão de segurança máxima no norte de Itália desde a sua detenção, em 21 de agosto, será entregue às autoridades alemãs "dentro de alguns dias", segundo o seu advogado, Nicola Canestrini.
"Embora a desilusão seja grande, estamos confiantes na sua absolvição no julgamento na Alemanha", acrescentou o advogado, citado pela agência Efe.
Kuznietsov, de 49 anos, foi detido num apartamento de férias perto da cidade de Rimini, no norte de Itália, quando passava férias com a família, em cumprimento de um mandado de detenção europeu emitido pelo Tribunal Federal da Alemanha.
As autoridades alemãs acusam este ex-militar de fazer parte de um grupo que, em setembro de 2022, detonou os gasodutos Nord Stream 1 e 2 no fundo do mar Báltico, uma ação enquadrada no contexto da guerra que se seguiu à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Desde então, o ex-soldado ucraniano estava detido numa prisão de segurança máxima e, embora tenha iniciado uma greve de fome no início do mês, acabou com ela doze dias depois.
Esta foi a segunda vez que o Supremo Tribunal se pronunciou sobre o caso, uma vez que em outubro anulou a decisão de 16 de setembro do Tribunal de Recurso de Bolonha (norte) que tinha determinado a sua extradição para a Alemanha.
Em 27 de outubro, o tribunal de Bolonha reiterou a sua ordem de extradição, mas a equipa de defesa do ucraniano recorreu para o Supremo Tribunal, que a rejeitou hoje definitivamente.
Em 26 de setembro de 2022, quatro grandes fugas de gás, precedidas por explosões subaquáticas, ocorreram com poucas horas de diferença nos gasodutos Nord Stream 1 e 2, que ligam a Rússia à Alemanha e transportam a maior parte do gás russo para a Europa.
Nessa altura, a Rússia tinha interrompido o fornecimento de gás através do Nord Stream 1, no contexto de um braço-de-ferro com os países europeus aliados da Ucrânia.
Quanto ao gasoduto gémeo, o Nord Stream 2, há anos um pomo de discórdia entre Berlim e Washington, nunca chegou a entrar em funcionamento.
Após a sabotagem, foram abertas investigações judiciais pela Alemanha, a Suécia e a Dinamarca e estas foram arquivadas nos dois países escandinavos em 2024.
A investigação alemã permitiu identificar uma célula ucraniana composta por cinco homens e uma mulher como estando na origem das explosões do gasoduto.
A justiça polaca recusou, em outubro, entregar à Alemanha outro cidadão ucraniano suspeito de participação na sabotagem de 2022.
Detido a 30 de setembro nos subúrbios da capital polaca, o mergulhador de formação, Volodymyr Zhuravliov, é também procurado por Berlim com base num mandado de captura europeu.
Leia Também: Tribunal polaco recusa entregar suspeito ucraniano de sabotagem do Nord Stream





.jpg)






















































