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Japão envia soldados para conter aumento dos ataques de ursos em Akita
- 06/11/2025
"Reconhecemos que os danos causados pelos ursos na província constituem uma situação crítica", disse o comandante da 9ª Divisão das Forças Terrestres de Autodefesa (exército) do Japão, Yasunori Matsunaga, numa conferência de imprensa depois da assinatura de um acordo de cooperação com as autoridades locais.
Os soldados japoneses vão montar armadilhas, ajudar no transporte de membros de associações de caça e serão responsáveis pelo transporte dos ursos abatidos durante este mês, no âmbito o acordo.
No entanto, os militares não vão abater os ursos diretamente.
As operações começaram hoje nas cidades japonesas de Kazuno e Kakunodate, apenas uma semana depois de o governador da província, Kenta Suzuki, ter visitado o Ministério da Defesa japonês, em Tóquio, para solicitar a assistência do Exército na captura de ursos.
No atual ano fiscal japonês, que começa em abril, 10 pessoas morreram em ataques de ursos, um recorde, e pelo menos 78 ficaram feridas, de acordo com dados da televisão pública NHK.
Esta situação está a afetar todo o arquipélago japonês, onde foram registados mais de 20.792 avistamentos de ursos entre abril e setembro, de indicam dados do Ministério do Ambiente, em comparação com os cerca de 7.000 avistamentos registados durante o mesmo período em 2023.
Akita tornou-se a região mais afetada por estes incidentes. No final do mês passado, um homem de 38 anos morreu, depois de ter sido atacado por um urso numa aldeia da província.
Os ataques tornaram-se mais frequentes à medida que as pessoas abandonam as zonas rurais, que se estão a tornar despovoadas.
Em setembro, o Japão reviu a lei de proteção e gestão da vida selvagem para autorizar o abate preventivo em áreas urbanas, acelerando assim a resposta das autoridades à ameaça dos ursos.
Até então, o abate de animais era proibido em espaços públicos e apenas a polícia estava autorizada a fazê-lo em casos de perigo iminente.
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