Jovem morre após cirurgia plástica no Brasil. Clínica é alvo de queixas
- 08/11/2025
Uma jovem de 28 anos morreu depois de uma cirurgia numa clínica de estética em São Paulo, no Brasil. Os pais culpam a clínica pela morte da filha e referem que a médica que a operou não tem especialidade em cirurgia plástica.
Larrisa, natural de Aparecida, foi fazer uma dermolipectomia - cirurgia para remover o excesso de pele e gordura em áreas como o abdómen, braços, coxas ou costas. Durante os 15 dias de pós-operatório, a jovem queixou-se de muitas dores, tendo acabado por sofrer uma paragem cardiorrespiratória.
"Uns 15 dias depois que ela operou, ela chorava muito de dor, muito. Eu falava para ela entrar em contacto com a clínica, porque tinha que ter amparo. Ela dizia: 'Ah, não estou a aguentar de dor, nem Tramal [analgésico] está passando'. Aí disseram para ela voltar em quatro dias que iam atender", contou a prima de Larissa, Priscila, ao site brasileiro g1.
Priscila disse ainda que a prima pagou 12 mil reais (aproximadamente 1.945 euros) para fazer a cirurgia à zona do abdómen e também para retirar uma hérnia umbilical em agosto do ano passado.
Naquela altura, o dono da clínica onde Larissa fez a cirurgia, Herbert Gauss Júnior, ainda estava autorizado a praticar medicina. No entanto, quando a jovem de 28 anos foi para ser operada, em janeiro deste ano, o hospital apenas terá dito que não seria atendida por Herbert.
"A Larissa me contou que quem fez a cirurgia foi a Maria Lúcia e a filha dela, porque o doutor naquele momento estava doente. Foi o que passaram pra ela, que ele estava doente", revelou Priscila.
Herbert Gauss Júnior, note-se, ficou sem licença médica há cerca de um ano.
A família de Larissa acusa assim a clínica pela morte da jovem de 28 anos, que tinha dois filhos. Defendem que Larissa não sabia que, em janeiro de 2025, o médio Herbert Júnior estava proibido de operar e referem ainda que desconheciam que a mulher de Herbert, Maria Lúcia, embora seja médica, não tinha especialização em cirurgia plástica registada no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo e na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
"A Larissa era uma menina incrível. Dócil, carinhosa. Ela tinha dois filhos pequenos, o Augusto e o Henrique, de 5 e 8 anos. Era muito querida, tinha um salão de beleza e muitos clientes. Ela estava lutando nesse sonho de tirar a barriguinha. Vendeu o carro, pegou dinheiro emprestado de uma amiga e perdeu a vida", contou a prima.
Entretanto, foi tornado público que outras mulheres terão procurado as autoridades para apresentarem queixa da mesma clínica de estética. Algumas referem que sofreram complicações após as cirurgias e outras relatam que pagaram por procedimentos que não foram realizados.
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