Kast promete "ordem e segurança" no encerramento da campanha no Chile

  • 12/12/2025

Protegido, como habitual, por painéis de vidro blindado, Kast discursou na quinta-feira perante cerca de 5.000 apoiantes reunidos numa praça de Temuco, capital da região da Araucanía, a cerca de 800 quilómetros a sul de Santiago.

 

O ex-deputado, de 59 anos, disputa a Presidência com a comunista moderada Jeannette Jara, candidata de uma coligação ampla de esquerda, que procura dar continuidade ao Governo liderado por Gabriel Boric. Embora tenha ficado atrás de Jara no primeiro turno, em 16 de novembro, a soma dos votos da direita ultrapassou os 50%.

"Este governo gerou caos, desordem e insegurança. Nós vamos fazer o contrário: instaurar ordem, segurança e confiança", afirmou Kast, que se apresenta à presidência pela terceira vez.

Durante o comício, o candidato afirmou que, em março, data da tomada de posse do novo chefe de Estado, ocorrerá "um choque de esperança".

Perante os apoiantes, que agitavam bandeiras chilenas, Kast recordou que foi precisamente naquela região que lançou a primeira candidatura presidencial, em 2017. A Araucanía, bastião do Partido Republicano, que o político fundou em 2019, é, segundo o próprio, uma zona "atingida pelo medo, pelo terror e pelo vandalismo". A região abriga a maior parte das comunidades mapuche, o maior grupo indígena do Chile.

Se vencer, Kast tornar-se-á o presidente mais à direita no Chile desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet, em 1990.

"É a melhor opção para o Chile, dadas a insegurança e as dificuldades económicas", afirmou o advogado Víctor Badilla, de 39 anos, um dos presentes no comício, citado pela agência France Presse.

Já Marisol Mardones, motorista da Uber e residente em Temuco, votará em Jara, por considerá-la "a mais competente para governar". "Não confio no Kast. É uma pessoa muito odiosa (...) mete-me medo", afirmou.

No final do comício, Kast afastou-se temporariamente da proteção de vidro blindado para tirar fotografias com os apoiantes.

No seu programa, Kast promete expulsar perto de 340 mil migrantes indocumentados que vivem no Chile, sobretudo venezuelanos que fugiram da crise no país de origem. Embora o Chile seja um dos países mais seguros da América Latina, a criminalidade e a imigração irregular dominaram a campanha e surgem como principais preocupações dos eleitores.

A candidata da esquerda também tem defendido o reforço da segurança. Durante um comício realizado na quarta-feira, em Puente Alto, periferia sul da capital, Jara prometeu aumentar a presença policial para combater o crime organizado. "Todos no Chile merecem viver com tranquilidade", declarou.

Ministra do Trabalho no governo de Boric, Jeannette Jara, de 51 anos, ganhou notoriedade pela aprovação de reformas como a redução da semana laboral para 40 horas e o aumento do salário mínimo. "Com Jara, as reformas avançaram", disse Johanna Estolaza, contabilista de 52 anos que assistia ao evento, também citada pela AFP.

A candidata propõe ainda elevar o salário mínimo para cerca de 800 dólares (681 euros) mensais -- mais 250 do que o valor atual.

Leia Também: Tailândia dissolve Parlamento em plena crise fronteiriça com o Camboja

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2902936/kast-promete-ordem-e-seguranca-no-encerramento-da-campanha-no-chile#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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