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Líder de rede de pedofilia investigava abusos a menores na Austrália
- 05/12/2025
A polícia australiana chegou à casa de Landon Germanotta-Mills, no estado de Nova Gales do Sul, na Austrália, na passada quinta-feira, 27 de novembro, armada com um aríete para arrombar a porta.
Em seguida, uma equipa entrou na habitação e, em seguida, emergiu com o alegado líder da rede de pedofilia satânica. O homem surgiu com um pijama com um padrão zebra, algemado e com a cara escondida com um chapéu, conta o El Mundo.
Ao mesmo tempo, a polícia detinha outros três homens de 39, 42 e 46 anos. Todos faziam, supostamente, parte da rede criminosa.
Durante as buscas, a polícia apreendeu milhares de vídeos de abusos sexuais infantis, que incluíam até "bestialismo", revelam as autoridades.
"Não existe abuso infantil comum, todos os abusos infantis são abomináveis", começou por dizer a comissário da polícia de Nova Gales do Sul, Jayne Doherty. "Mas estes casos foram particularmente devastadores, porque usavam símbolos e rituais à volta [dos abusos]... As discussões que tinham sobre abusar crianças… Havia uma visão geral muito ritualística", afirmou.
O material encontrado na posse dos suspeitos envolvia abuso de menores, desde bebés a crianças até aos 12 anos.
"A polícia vai alegar em tribunal que este grupo internacional estava envolvido em conversas e na partilha de material, que retratava abuso infantil e tortura de crianças, envolvendo símbolos e rituais ligados ao satanismo e ao ocultismo", acrescentou Doherty.
Landon investigava questões de "proteção infantil"
Landon, de 26 anos, que se dizia jornalista, tinha uma plataforma que se dedicava à investigação de questões de "proteção infantil", entre outras.
"Nós concentramo-nos nos sobreviventes, denunciantes e vozes da comunidade, especialmente quando as instituições falham", pode ler-se no site da Underground Media Network, onde promete "revelar a verdade que querem enterrar", oferecendo um "jornalismo incansável", que "não procura manchetes, mas justiça". Um jornalismo, garante, "para o povo, não para os poderosos".
Foi nesse site que, há cerca de quatro meses, publicou a fotografia de um estudante universitário de Sydney, acusado de crimes semelhantes aos que Landon agora enfrenta. Quase que em jeito de premonição, o homem relatava que o estudante podia vir a ser condenado a 15 anos de prisão - a mesma pena que agora enfrenta, caso seja considerado culpado.
Landon pode ser acusado, para já, de posse e distribuição de material de abuso infantil, uso de telecomunicações para aceder e distribuir esses conteúdos e distribuição e posse de pornografia de zoofilia.
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