Líder de Taiwan propõe 35 mil milhões em despesas adicionais com Defesa
- 26/11/2025
"Procuramos reforçar a dissuasão, aumentando os custos e as incertezas no processo de tomada de decisão de Pequim relativamente ao uso da força", afirmou o Presidente taiwanês, William Lai Ching-te, num editorial publicado, na terça-feira, pelo jornal norte-americano Washington Post.
Pequim considera Taiwan "parte inalienável" do território chinês e não descarta o uso da força para alcançar o que considera ser "a reunificação" da ilha com o continente, um dos objetivos de longo prazo desde que o líder chinês Xi Jinping chegou ao poder em 2012.
Nesse contexto, a China intensificou a campanha de pressão diplomática e militar contra Taiwan nos últimos anos, organizando exercícios militares nas proximidades da ilha com frequência.
William Lai, líder do Partido Democrático Progressista, tinha mencionado anteriormente planos para aumentar as despesas com a defesa para mais de 3% do produto interno bruto (PIB) em 2026 e 5% até 2030, respondendo aos pedidos norte-americanos nesse sentido.
O plano de gastos divulgado no Washington Post deverá estender-se por vários anos e ultrapassar o anteriormente detalhado à agência de notícias France-Presse (AFP) por um responsável do partido presidencial, que previa um orçamento de um bilião de novos dólares taiwaneses (27,6 mil milhões de euros).
"Este importante envelope financeiro não só irá financiar de forma significativa novas aquisições de armas aos Estados Unidos, como também irá melhorar significativamente as capacidades" de Taiwan, acrescentou William Lai, no editorial.
No entanto, poderá ser difícil para o Governo obter a aprovação do parlamento, onde o partido da oposição Kuomintang, que quer uma aproximação a Pequim, controla as finanças juntamente com o aliado, o Partido Popular.
A recém-eleita presidente do Kuomintang, Cheng Li-wun, já se opôs aos projetos de gastos com defesa do campo de Lai, afirmando que Taiwan "não tem tanto dinheiro".
O primeiro-ministro taiwanês afirmou na terça-feira que "o retorno" de Taiwan à China "não é uma opção" para os 23 milhões de habitantes da ilha, em resposta a declarações de Xi Jinping, em conversa com o homólogo norte-americano, Donald Trump.
Cho Jung-tai enfatizou, no parlamento, que a República da China, nome oficial de Taiwan, é um "país totalmente soberano e independente" e "que para 23 milhões de cidadãos a 'reunificação'" com a República Popular da China "não é uma opção".
Xi afirmou, numa conversa telefónica com Trump, que "o retorno" de Taiwan à China é uma "parte importante" da ordem internacional pós-Segunda Guerra Mundial.
O líder chinês enfatizou que a China e os EUA lutaram "lado a lado" contra o "fascismo e o militarismo" na guerra e que, dada a situação atual, é "ainda mais importante" que ambos os lados "salvaguardem conjuntamente" os resultados da vitória.
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