Lituânia acusa 15 pessoas de atos terroristas em nome da Rússia
- 17/09/2025
Os crimes "foram organizados e coordenados por cidadãos da Federação Russa associados aos serviços de informações militares da Federação Russa", refere o comunicado.
Os acusados são cidadãos da Rússia, da Lituânia, da Letónia, da Estónia e da Ucrânia, informou o Ministério Público, que participa numa investigação internacional.
Em 2024, a Lituânia e a Polónia anunciaram a detenção de várias pessoas no âmbito da investigação, mas o número total de suspeitos não era conhecido.
O Ministério Público lituano informou que pelo menos três suspeitos eram procurados internacionalmente, no ano passado.
A entidade publicou ainda as identidades e créditos fotográficos dos suspeitos.
No ano passado, dois dos 15 acusados estiveram envolvidos na tentativa de incêndio posto numa loja da empresa de móveis Ikea, em Vilnius, na Lituânia, segundo o comunicado.
"[Os suspeitos] utilizaram os serviços internacionais de entrega e transporte da DHL e da DPD para enviar quatro pacotes com explosivos e engenhos incendiários de fabrico caseiro de Vilnius para vários países europeus", disseram os procuradores lituanos.
O Ministério Público informou ainda que um explosivo foi detonado no Aeroporto de Leipzig (leste da Alemanha), outro num camião da DPD na Polónia e um terceiro num armazém da DHL no Reino Unido.
O último explosivo, transportado pela DPD por via terrestre para a Polónia, não explodiu devido a uma falha técnica.
Os dispositivos eram controlados por temporizadores eletrónicos escondidos em almofadas de massagem, com misturas combustíveis escondidas em recipientes de produtos de higiene e cosméticos para potenciar o efeito incendiário.
"Foi estabelecido que outros cidadãos da Lituânia, Rússia, Letónia, Estónia e Ucrânia também estavam envolvidos na organização e preparação de atos terroristas", acrescentou o Ministério Público lituano.
De acordo com o Ministério Público da Lituânia, os indivíduos foram recrutados através da aplicação de mensagens instantâneas Telegram.
Durante a investigação, foram realizadas mais de 30 buscas na Lituânia, Polónia, Letónia e Estónia.
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