Lula da Silva defende nova reforma fiscal antes das presidenciais de 2026
- 01/12/2025
Esta reforma, proposta por Luiz Inácio Lula da Silva como candidato presidencial em 2022, será um elemento-chave nas eleições do próximo ano, às quais o líder progressista já anunciou a candidatura.
"Quem vive numa mansão, tem dinheiro no estrangeiro, coleciona carros importados, jatos privados e motas de água, paga dez vezes menos do que um professor, um polícia ou uma enfermeira", disse, no domingo Lula, numa transmissão em direto para todo o país através de meios de comunicação e redes sociais.
A nova lei, aprovada por unanimidade pela Câmara dos Deputados e pelo Senado na semana passada, com entrada em vigor prevista para janeiro de 2026, elimina o imposto sobre o rendimento para quem ganha até cinco mil reais por mês (806 euros) e aumenta a carga fiscal sobre os super-ricos.
Haverá também uma redução proporcional para quem recebe até 7.350 reais (1.185 euros), o que significa que, segundo o Governo, serão beneficiadas aproximadamente 25 milhões de pessoas.
De acordo com os cálculos da Receita Federal brasileira, uma pessoa que ganhe 4.800 reais (774 euros) por mês pagará cerca de 95% menos por ano, o que equivale praticamente a um salário mensal completo.
O líder progressista explicou que o alívio fiscal será compensado por um imposto sobre o rendimento de 10% para quem ganha mais de um milhão de reais por ano (161.200 euros), um grupo que representa apenas 0,1% da população brasileira.
Lula afirmou que a iniciativa procura combater a "injustiça fiscal" que, segundo ele, marca a história do país, em que os trabalhadores pagam até 27,5% em impostos, enquanto os mais ricos contribuem apenas com 2,5% em média.
"A mudança era necessária, e estamos a mudar", afirmou o chefe de Estado, num comunicado oficial.
O Presidente enfatizou que o novo modelo fiscal vai injetar cerca de 28 mil milhões de reais (4,51 mil milhões de euros) na economia do país em 2026, estimulando o consumo, o comércio e a criação de emprego.
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