Lula reúne-se com primeiro-ministro da Malásia para impulsionar comércio
- 25/10/2025
Lula, acompanhado nesta viagem por vários ministros, foi recebido com honras no palácio do Governo, com um desfile militar, antes de se encontrar em privado com Anwar Ibrahim.
Os dois líderes deverão presidir ainda à assinatura de vários acordos bilaterais, em domínios como semicondutores, ciência, tecnologia e inovação, entre outros.
"Espera-se que os dois líderes analisem o progresso das relações entre a Malásia e o Brasil e explorem novas vias para reforçar a cooperação em setores estratégicos fundamentais, como o comércio e o investimento", afirmou o Governo malaio num comunicado.
O comércio bilateral entre Brasília e Kuala Lumpur atingiu 4,46 mil milhões de dólares (3,83 mil milhões de euros) em 2024, de acordo com dados oficiais da Malásia, onde as exportações do Brasil - o segundo parceiro comercial mais importante da Malásia na América Latina - incluem minério de ferro, alimentos processados, petróleo bruto e derivados.
O líder brasileiro vai estar esta tarde na Universidade Nacional da Malásia, onde vai ser agraciado com um doutoramento Honoris Causa em Desenvolvimento Internacional e o Sul Global, "em reconhecimento pela liderança, contribuições e compromisso de Lula com o desenvolvimento internacional, particularmente no avanço do Sul Global".
Na capital da Malásia, Lula participa também, a partir de domingo, na cimeira de líderes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), sendo o primeiro líder brasileiro a assistir ao evento.
Lula vai estar presente na qualidade de atual presidente do grupo de economias emergentes BRICS.
Nesta viagem, que já o levou à Indonésia, o líder latino-americano procura diversificar os fluxos comerciais do Brasil e expandir o investimento.
À margem da cimeira, que decorre de 26 a 28, Lula poderá encontrar-se com o Presidente norte-americano, Donald Trump, o que, apesar de não estar confirmado, não foi descartado por Brasília, que sublinhou, esta semana, que "há espaços" disponíveis na agenda.
Lula disse na sexta-feira estar "interessado nesse encontro", com o objetivo de "defender os interesses do Brasil e mostrar que houve um erro nas tarifas sobre o Brasil".
O Brasil e os Estados Unidos estão a viver uma crise diplomática sem precedentes, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter imposto tarifas de 50% sobre grande parte dos produtos brasileiros, na sequência do julgamento em que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão.
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