Macau quer criar sistema de alerta de riscos contra segurança nacional da China
- 26/11/2025
O secretário para a Segurança da região semiautónoma chinesa apontou como meta para o próximo ano implementar "um sistema de indicadores de monitorização e de alerta de riscos relativos à defesa da segurança nacional".
Chan Tsz King, que até dezembro de 2024 desempenhou o cargo de comissário contra a Corrupção, falava durante a apresentação das Linhas de Ação Governativa (LAG) para 2026, na Assembleia Legislativa, o parlamento de Macau.
O ex-procurador prometeu "manter-se altamente vigilante face ao novo e complexo panorama" da segurança a nível internacional e alertou para "múltiplos fatores de incerteza que possam comprometer a segurança do Estado".
Macau irá "prevenir rigorosamente os atos de interferência e destruição [por parte] das forças externas", garantiu Chan, com estudos em Direito concluídos em Portugal, dando como exemplo "eventos de grande envergadura".
As regiões de Macau e Hong Kong e a capital da província vizinha de Guangdong, Cantão, acolheram entre 09 e 21 de novembro, em simultâneo, a 15.ª edição dos Jogos Nacionais.
Em 18 de novembro, o líder do Governo, Sam Hou Fai, disse que Macau recebeu 2.480 pessoas nas delegações aos Jogos Nacionais. Mais de dois milhões de turistas passaram pela cidade durante o evento.
Durante o debate de hoje das LAG, o deputado Lam Lon Wai defendeu a criação de "diretrizes e procedimentos standardizados de segurança" para grandes eventos, incluindo concertos.
Em dezembro de 2024, o Governo inaugurou, na zona do Cotai, onde se situam os grandes hotéis-casinos, um novo local de espetáculos ao ar livre, que no futuro poderá vir a receber 50 mil pessoas.
Chan Tsz King, que tomou posse em 16 de outubro, prometeu estudar a sugestão de Lam Lon Wai, mas sublinhou que as autoridades já têm "planos específicos [de segurança] para diferentes tipos de atividade".
O secretário, nascido em Hong Kong, disse que, este ano, a polícia "preveniu e investigou eficazmente os crimes contra a segurança nacional, dissuadindo e combatendo indivíduos anti-China e perturbadores de Macau".
Em 31 de julho, a polícia de Macau anunciou a detenção do ex-deputado e ativista pró-democracia Au Kam San, cidadão português, no primeiro caso ao abrigo da lei de segurança nacional da região, que entrou em vigor em 2009 e cujo âmbito foi alargado em 2023.
Na quinta-feira passada, o chefe da Delegação da União Europeia (UE) em Hong Kong e Macau escreveu nas redes sociais que se tinha encontrado com o secretário para a Economia e Finanças de Macau, Anton Tai Kin Ip.
"Também expressei preocupação com questões políticas", acrescentou o britânico Harvey Rouse.
Mas a representação da UE escusou-se a revelar se o caso de Au Kam San foi mencionado na reunião.
Leia Também: Moçambique vai receber encontro sino-lusófono de empresários em 2026





.jpg)






















































