Mário Gomes preocupado com "fluidez do ataque" a 17 dias do Eurobasket
- 10/08/2025
"Preocupa-me, fundamentalmente, a fluidez do nosso ataque. Estamos com muitos problemas no ataque. Temos mais duas semanas de trabalho para melhorar isso", afirmou o técnico português.
Mário Gomes mostrou-se mais satisfeito com a defesa, explicando que os "erros defensivos tiveram mais a ver com o facto de o ataque não ter funcionado", com alguma "frustração" momentânea por parte dos jogadores lusos.
"Houve outro aspeto decisivo, que foi o ressalto defensivo. Não é por si só preocupante, mas estivemos muito mal na tabela defensiva. Os ressaltos defensivos e os contra-ataques que falhámos na fase inicial do jogo permitiram que a Argentina ganhasse vantagem e é sempre mais cómodo jogar em vantagem", disse o selecionador luso.
Em termos globais, Mário Gomes reconheceu que, da parte de Portugal, "não foi um bom jogo", embora lembrando o poderio do adversário: "Não jogámos frente a um adversário qualquer. Jogámos contra uma equipa que é número oito do mundo e foi nítido que está num estado de preparação mais avançado do que o nosso".
Face aos argentinos, Portugal não contou com Neemias Queta e Anthony da Silva, que se lesionaram na quinta-feira, no desaire frente à Espanha B (63-65), e Cândido Sá, igualmente 'tocado', mas já contou com o capitão Miguel Queiroz.
"Foi um jogo complicado. Entrámos meio apáticos, depois respondemos um bocadinho melhor, mas foi sempre difícil manter a consistência ao longo do jogo. Tivemos muitos bons momentos, mas também momentos maus", afirmou o poste luso.
Miguel Queiroz, que tinha falhado os jogos com a campeã europeia Espanha (76-74, na terça-feira) e com a Espanha B, lembrou, porém, que, há sempre uma "quebra física" na terceira semana de preparação, ainda isso não sirva de desculpa.
"Podíamos ter feito muito melhor, mas sinto que a equipa vai começando a ganhar forma para, quando chegar às datas que nós queremos, estar na melhor forma possível", disse o capitão, a 17 dias da estreia no Eurobasket2025, face à República Checa.
De acordo com o mais experiente dos basquetebolistas lusos (cumpriu o jogo 119 na seleção principal, pela qual se estreou em 2013), estes jogos em Espanha serviram para "ganhar forma, rotinas e consistência naquilo que é o ataque e a defesa".
"Os dois últimos resultados não foram o que queríamos, mas acredito que o importante são os processos dentro do campo e como crescemos. Isso, acho que conseguimos fazer e agora vamos continuar a trabalhar para melhorar", finalizou.
Depois de três particulares em Espanha, a seleção lusa, que hoje atuou desfalcada de Neemias Queta, Anthony da Silva e Cândido Sá, volta a jogar na sexta-feira, dia em que defronta a Islândia, em Braga, onde no sábado mede forças com a Suécia, seguindo-se, em 21 de agosto, um embate com o Sporting, em Sines.
Em 24 de agosto, Portugal parte para Riga, onde irá disputar o Grupo A do Eurobasket2025, defrontando República Checa (27), Sérvia (29), Turquia (30), Letónia (01 de setembro) e Estónia (03). Para chegar aos 'oitavos', terá de ficar num dos quatro primeiros lugares.
A seleção lusa conta três participações na fase final, tendo sido 15.ª, entre 18 equipas, em 1951, em França, edição que jogou por convite, nona, entre 16, em 2007, em Espanha, e 21.ª, entre 24, com o pleno de cinco derrotas, em 2011, na Lituânia.
A fase final do Europeu de 2025, que será a 42.ª edição do evento, realiza-se na Letónia, Chipre, Finlândia e Polónia, entre 27 de agosto e 14 de setembro.